Em Umuarama, bancários alertam autoridades sobre doenças ocupacionais

(Curitiba) A convite da Mitra Diocesana de Umuarama, o trabalhador bancário Gilberto Gedeão (Bradesco), Secretário de Saúde e Condições de Trabalho da FETEC-CUT-PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná), proferiu palestra no último final de semana, sobre o “Reflexo das Doenças Ocupacionais na Sociedade”. O evento reuniu dezenas de autoridades, incluindo vereadores, secretários de saúde, prefeitos e vice-prefeitos de toda a região.

Segundo o coordenador do Sindicato dos Bancários de Umuarama e Região, Edílson José Gabriel (trabalhador bancário no Itaú), a geração de novos postos de trabalho na região vem acontecendo em ritmo acelerado, sobretudo em decorrência do crescente desenvolvimento na indústria do vestuário e nas usinas de cana-de-açúcar. Além de coordenador do Sindicato, Edílson também coordena as atividades da Pastoral Social da Mitra Diocesana do município.

Em sua abordagem, Gilberto destacou as conseqüências deixadas pelas empresas que, em sua maioria, se instalam numa determinada região, geram empregos, mas não dá as devidas condições de trabalho e muitas, sequer prestam assistência aos seus trabalhadores. “não basta apenas gerar empregos, tem que estar vigilante neste aspecto, dando aos trabalhadores condições adequadas para desempenhar as suas funções”, afirmou.

No caso específico de Umuarama e região, Gilberto destacou as doenças causadas pela queima da cana e as LER recorrentes entre os trabalhadores e trabalhadoras no ramo do vestuário. “Essas empresas terceirizam seus serviços, eventualmente com salários rebaixados e, consequentemente mão-de-obra ‘barata’ e depois, deixam resultados drásticos para a sociedade que, com todo o esforço, não consegue recuperar esses trabalhadores”, argumentou.

Ao final do evento, Gilberto fez um apelo para que as autoridades de toda a região se atentassem mais para o problema, somando forças e elaborando um projeto para conter o alto índice de doenças ocupacionais verificado na região. “Um município sozinho não vai conseguir solucionar este problema. É preciso a união de todos nesta cruzada contra as LER/DORT”, alertou. A palestra foi elogiada pelos representantes do setor público, que se comprometeram a trabalhar com mais seriedade para minimizar os efeitos das doenças ocupacionais e evitá-los de todas as formas.

Fonte: Edson Junior – Fetec PR

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram