Em seminário inédito, bancários do ABC discutem assédio moral com a Caixa

Numa iniciativa inédita, a Superintendência Regional do ABC e do Sindicato dos Bancários do ABC promoveram para os empregados da Caixa, na quinta-feira (17), na Sede Social do Sindicato, em Santo André, um fórum de debates da semana de conscientização sobre Assédio Moral.

O debate fez parte da campanha de esclarecimentos e conscientização sobre o tema “Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho”, tais como discriminação, assédio moral e sexual, entre outras formas de conflito.

Com o mote “Assédio Moral faz mal. Tô fora!”, a campanha teve como objetivo principal proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável, cooperativo e consequentemente produtivo.

A mesa de abertura do evento contou com a presença de: Maria Rita Serrano, presidenta do Sindicato; Everaldo Coelho da Silva, superintendente regional da Caixa do ABC; Sérgio Takemoto, presidente da Apcef/SP (Associação de Pessoal da Caixa de São Paulo) e Pedro Eugenio Leite, diretor-presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal).

“Vale destacar que nós (bancários) somos a única categoria do país que até o presente momento assinou um Acordo Coletivo para registrar os conflitos trabalhistas, com a criação de um canal de denúncias sobre assédio moral e a nossa primeira grande vitória deste acordo foi ter feito os bancos reconhecerem que o problema existe”, comemora Maria Rita e ressalta que este é um debate fundamental nas nossas vidas hoje.

Na ocasião houve a apresentação de dois painéis de debates. O primeiro, que contou com a mediação de Fábio Dias de Andrade, gerente nacional da GN Relacionamento com o Empregado e de Juvandia Moreira Leite, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, abordou o tema “Compreendendo o Assédio Moral no Ambiente de Trabalho”.

“O conceito principal do nosso acordo coletivo é a solução dos conflitos no ambiente de trabalho. Desde a checagem das denúncias, ao encaminhamento aos bancos e posterior fiscalização das medidas necessárias para dar fim ao assédio moral. Tudo sempre vai visar que essa conquista histórica torne-se cada vez mais eficaz em tornar mais saudável o ambiente de trabalho”, lembra Juvandia Moreira.

O segundo painel contou com a apresentação de Maria Vegi, advogada do Sindicato dos Bancários do ABC e Professora da Fundação Santo André, que explicou o Assédio Moral e seu aspecto jurídico para os bancários presentes.

Segundo Maria Vegi, mesmo sem a existência de uma lei federal específica sobre o Assédio Moral, não significa que o judiciário deixará de julgar esta questão, pois em uma ação de dano moral, por exemplo, a esfera de sua interpretação se faz presente na constituição federal. “O primeiro artigo da constituição brasileira defende a dignidade da pessoa humana. E isso significa que o ser humano é o fim de si mesmo. Ele tem de ser respeitado pelo simples fato de ser um ser humano”, explica.

Campanha

A campanha que compreendeu a semana de 15 a 18 de fevereiro contou com canais seguros de comunicação por meio dos quais os empregados puderam se manifestar sobre ocorrências tais como todo tipo de discriminação, assédio moral e sexual, entre outras formas de preconceito no ambiente de trabalho.

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