Em São Paulo, 957 locais paralisados no 17º dia de greve

São Paulo – A categoria não arreda o pé da greve. Em mais um dia de negociação, agências de São Paulo, Osasco e região pararam nesta quinta 22, 17º dia do movimento. Também cruzaram os braços trabalhadores da Giret Pinheiros e Superintendência Santo Amaro da Caixa e os funcionários dos complexos São João e Verbo Divino do Banco do Brasil.
Ao todo foram fechados 957 locais, sendo 950 agências e sete prédios administrativos, mobilizando cerca de 26 mil trabalhadores.

Na quarta 21, em reunião realizada em São Paulo, a federação dos bancos (Fenaban) apresentou nova proposta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. O índice de 8,75% para reajustar salários, piso, PLR, vales e auxílios, e sem abono – que representa perda de 1,03% – foi recusado pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa de negociação. Os representantes dos trabalhadores questionaram o valor que não repõe a inflação de 9,88% (INPC do período) e reiteraram: os bancários querem aumento real.
O índice também foi reprovado imediatamente nas redes sociais na noite de quarta-feira 21. “Estamos chegando… foco no objetivo”, destacou um bancário, no Facebook. “Força nas negociações pessoal”, apoiou outro, via Twitter. “Sem ganho real não dá!!!”, tuitou um trabalhador.

A rodada – Depois de um longo debate na tarde da quarta-feira 21, a Fenaban destacou que as margens de negociação estão estreitas, mas que iria consultar os bancos para continuar a rodada nesta quinta-feira 22. A princípio começaria às 14h, mas a pedido da Fenaban foi alterado para às 17h.

Públicos – Banco do Brasil e Caixa Federal mantêm a sinalização de retomar as negociações específicas tão logo encerrada a mesa com a Fenaban.

Eles podem pagar – A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. “A greve está forte e continua até que eles entendam isso. Os bancos têm de melhorar essa proposta”, cobra a dirigente que é uma das coordenadoras do Comando.

“Outros setores da economia, inclusive prejudicados pela crise internacional como químicos e metalúrgicos, estão pagando aos seus trabalhadores reajuste que cobre a inflação”, reforça. 

om data base em 1º de setembro, como os bancários, dezenas de empresas do ABC paulista – mesmo diante dos efeitos da queda na venda de automóveis e caminhões – ofereceram aos seus empregados a garantia do índice que recompõe a inflação de 9,88%.

O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus funcionários a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base é 1º de novembro.

“Os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. A greve está forte e continua até que eles entendam isso”, finaliza Juvandia.  – See more at: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=12992#sthash.9tUVScwo.dpuf

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