Em Porto Alegre, passeata de zumbis contras más condições de trabalho

Bancários e bancárias fantasiados como zumbis tomaram as ruas de Porto Alegre nesta quarta, 14/10. A atividade buscou denunciar o ambiente de adoecimento a que a categoria está exposta e pediu o fim das metas abusivas, do excesso de jornada e mais contratações. 

Atender essas medidas garantiria não só um ambiente de trabalho saudável aos trabalhadores, como também um serviço melhor à população. Nesta quinta, 15/10, tem assembleia de organização no Clube do Comercio, a partir das 14h.

Com a mobilização, os grevistas ainda exigiram uma proposta econômica melhor da Fenaban. Frente a um crescimento de 27,4% do lucro dos principais bancos no primeiro semestre e uma inflação de 9,88%, as instituições financeiras ofereceram reajuste de apenas 5,5%. 

Sem nova proposta da Fenaban, os bancários vêm intensificando sua mobilização. Nesta quarta, o movimento seguiu crescendo e atingiu 1.037 agências em todo o Rio Grande do Sul, segundo a Fetrafi-RS. Em Porto Alegre e outros 14 municípios da Região Metropolitana (área de abrangência do SindBancários) a paralisação se manteve em 408 unidades.

Conforme Everton Gimenis, presidente do SindBancários, a caracterização de mortos-vivos não foi sem motivo. "Foi um modo de chamarmos a atenção da população e da mídia para o alto índice de adoecimento da nossa categoria, acima da média dos demais trabalhadores, em função das metas abusivas, do assédio moral e das más condições de trabalho nos bancos", explicou.

Conforme a pesquisa "Trabalho e Saúde Mental da Categoria Bancária do Rio Grande do Sul", 49,7% dos funcionários de bancos já apresentaram um transtorno mental comum, contra 30,2% da população mundial.
 

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