Dilma pede a novos ministros mais aproximação com movimentos sociais

Presidenta Dilma orientou novos titulares a “trabalharem ainda mais”

Brasília – Primeiro foi a iniciativa de mais diálogo com os partidos políticos, destacada pela presidenta Dilma Rousseff durante o anúncio da reforma ministerial, na última quinta-feira (1º). Na cerimônia de posse dos novos ministros, hoje (5), a presidenta destacou a importância de, além dos partidos e do parlamento, os titulares dessas pastas manterem maior contato, também, com os movimentos sociais. O recado de Dilma foi um sinal claro da preocupação do Executivo com a relação que passará a ter, daqui por diante, com essas entidades.

A nomeação do ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, teve destaque porque a fusão dos dois ministérios desagradou às centrais sindicais e outras entidades da sociedade civil. Mas a situação melhorou quando foi anunciado que o titular da pasta seria o então secretário-geral da Presidência, que tem bom trânsito e relacionamento antigo com essas entidades – antes de ser secretário-geral, ocupou o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A ida de Rossetto para o ministério chegou a ser considerada “estratégica” por senadores do PT. Sobretudo, num período em que é importante deixar os movimentos sociais mais próximos da presidenta, que enfrenta fase de baixa popularidade. Discreto, no entanto, o ministro não deu entrevistas a respeito.

Marcelo Castro, da Saúde, pasta considerada das mais cobiçadas pelo PMDB, foi assediado após a cerimônia. Ao ser perguntado por jornalistas sobre os boatos de mudanças em alguns programas, afirmou que tanto o Mais Médicos como o Saúde não Tem Preço (voltado para oferecimento de remédios para pacientes com doenças crônicas) estão garantidos.

Segundo Castro, sua gestão tentará fazer “com que os resultados (desses programas) passem a ser melhores com racionalização, padronização e economia”. Mas ele assegurou que as ações de maior alcance social, como é caso de ambos, serão priorizadas.

No termo de assinatura de posse de dez novos ministros, Dilma Rousseff orientou os titulares a “trabalharem ainda mais” com eficiência e dedicação e a buscarem “fazer mais”, para ajudar na “travessia do país para uma nova etapa de desenvolvimento”.

A presidenta também disse que a chamada Comissão de Reforma do Estado, em vias de criação, conforme foi anunciado durante a reforma ministerial, na semana passada, terá caráter permanente e será formada pelos ministros do Planejamento, Fazenda e Casa Civil, Nelson Barbosa, Joaquim Levy e Jaques Wagner, além de pessoas de fora do governo. “É desejo de todos termos um Estado mais preparado para realizar o equilíbrio fiscal, imprescindível para a retomada do crescimento econômico”, afirmou Dilma.

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