Deputado quer restringir venda de a‡äes do Banrisul

(Porto Alegre) O líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado Raul Pont, proporá nesta quarta-feira, dia 20, a inclusão de novas restrições à venda de capital do Banrisul na Constituição do Rio Grande do Sul. A proposta será apresentada aos 30 deputados que integram a Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul. 

A iniciativa foi antecipada durante o ato ato-show realizado no último sábado, dia 16, no Centro de Eventos do Parque da Harmonia, na Capital, promovido pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Federação dos Bancários do RS e Comitê em Defesa do Banrisul.

 

Segundo Pont, a Constituição prevê apenas que a mudança do controle acionário só pode ocorrer mediante plebiscito na sociedade gaúcha. “Queremos criar restrições para limitar o avanço de investidores privados sobre o banco que, no ritmo estabelecido pelo atual governo, desaguará na privatização”, justifica o deputado.

Ele espera ter apoio de todos os integrantes da Frente, o que agilizaria a tramitação do Projeto de Lei (PL). “Quero construir o teor do PL com todos”, antecipou. "Vamos poder saber quem realmente é favorável à manutenção do banco público".

 

O processo de capitalização do banco, lançado pela governadora Yeda Crusius, prevê até o momento a venda de ações preferenciais, que têm prioridade no recebimento de dividendos do banco, à frente até mesmo do Estado, que detém 99,6% das ações ordinárias. A assembléia dos acionistas também definiu a participação de 20% de conselheiros independentes no Conselho de Administração do banco. Pont lembra ainda que os acionistas já sinalizaram que podem transformar ações preferenciais em ordinárias.

 

A entrada de conselheiros independentes, cujas regras não foram divulgadas, preocupa ainda mais os trabalhadores. “Essa é a prova mais clara de que o banco terá influência direta do mercado. O alerta que queremos dar é: o fato de quase 100% das ações ordinárias (com direito a voto) estarem em poder do Estado (leia-se dos gaúchos) não garante nenhuma restrição à ascensão privada na gestão do banco”, reforça Juberlei Baes Bacelo, presidente do SindBancários. “Fazer o jogo privado é acabar com agências em pequenas cidades, reduzir crédito subsidiado a setores da economia e tirar de dentro das agências a clientela de baixa renda”, elenca o dirigente sindical.

 

No ato-show, que teve apresentações musicais de Nei Lisboa e do cantor nativista Leonardo, contou com a presença de deputados estaduais (Raul Carrion, Stella Farias, Adão Villaverde e Elvino Bonn Gass), federais (Luciana Genro, Manuela D’Ávila e Pompeo de Mattos) e vereadores da Capital (Sofia Cavedon e Carlos Comassetto).

 

Também participaram o presidente estadual da CUT-RS, Celso Woyciechowski, o ex-governador e ex-presidente do SindBancários, Olivio Dutra, e o ex-ministro Miguel Rossetto, além de várias lideranças sindicais e partidários.  

 

Fonte: Seeb Porto Alegre

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