Dados reforçam defesa dos bancos públicos

Números sobre a presença da Caixa nos estados e municípios deram suporte ao debate realizado durante a 12ª Conferência Regional dos Bancários da Fetec-CUT/CN
Foto: Fetec-CUT/CN

“Como representantes de entidades temos que ampliar nossa atuação em todas as frentes, em defesa do patrimônio público. Essa união de forças em defesa das riquezas do Brasil é fundamental para a manutenção de empresas públicas”. A avaliação foi feita pelo presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, durante a abertura da 12ª Conferência Regional dos Bancários da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), que começou nesta quarta-feira (5), em Brasília, e segue até sexta-feira (7). O evento é realizado em preparação à Conferência Nacional da categoria, marcada os dias 2 a 4 de agosto, em São Paulo.

Em explanação sobre a Defesa dos Bancos Públicos, Jair Pedro Ferreira, apresentou dados que comprovam a função estratégica dos bancos públicos no desenvolvimento socioeconômico nas cinco regiões do Brasil e nos estados. São as instituições que financiam grandes investimentos ao longo prazo e de interesse social no país.

Aproximadamente 25% do total de domicílios existentes no Brasil atualmente foram financiados pela Caixa, o que corresponde a 17 milhões de unidades habitacionais financiadas pelo banco público desde 1964. Além disso, no âmbito dos estados e municípios, as operações de saneamento e infraestrutura da Caixa que beneficiam boa parte dos municípios brasileiros totalizaram R$84,3 bilhões em 2018. Neste mesmo ano, a estatal realizou mais de R$ 158 milhões de pagamentos às famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família, totalizando R$29,2 bilhões.

O presidente da Fenae falou sobre as ações recentes de enfraquecimento da Caixa orquestradas pelo atual governo, como o novo Programa de Demissão Voluntária (PDV), que prevê o desligamento de 3,5 mil empregados e a transferência de empregados de áreas meio da Matriz da Caixa Econômica Federal para agências do banco. De dezembro de 2014 para cá, a Caixa perdeu 17 mil vagas de trabalho.

“Eles vão diminuído a capacidade operacional e aumentam a taxa de juros. Então a população começa a pagar mais caro e não é esse o banco que defendemos para os brasileiros. Defendemos um banco com ferramentas para alavancar desenvolvimento e de inclusão social”, declarou Ferreira.

A apresentação da análise de conjuntura, foi feita pela presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. Ela falou sobre os desafios do combate à Reforma da Previdência e sobre o processo de desconstrução feito pelo governo federal nas áreas da saúde e educação. A presidenta também reforçou a necessidade da atuação conjunta das entidades para a defesa da soberania nacional.

“Temos que acumular forças contra a privatização, defendendo os bancos públicos, a Petrobras, a Eletrobras. Sabemos que a privatização não é o caminho e tem vários países do mundo que estão no processo de reestatização de suas empresas”, mencionou Juvandia.

O presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos presidiu a mesa de abertura que contou também com a participação do presidente do Sindicato de Brasília, Kleytton Morais, do secretário de Administração e Finanças da CUT Brasília, Julimar Nonato, e do ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo.

Representantes dos sindicatos dos bancários do Acre, Amapá, Brasília, Barra do Graças (MT), Campo Grande (MS), Dourados (MS), Mato Grosso, Pará, Rondônia, Rondonópolis (MT), Roraima e de municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE) participam do encontro.

A 12ª Conferência segue até sexta-feira (7). Neste último dia, ao final do evento, a Fetec-CUT/CN realizará a assembleia geral ordinária para discutir a organização sindical e apreciar o balanço de 2018, entre outros temas.

Fonte: Fenae

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