CUT faz formação feminista de olho na paridade

Mulheres CUTistas na formação feminista</i

Terminou no sábado (3) o 5º Encontro Nacional do projeto Fortalecimento político das mulheres e ampliação de direitos, promoção, igualdade no mundo do trabalho e autonomia econômica, que aconteceu em Cajamar, na Grande São Paulo. O encontro reúniu mais de 50 mulheres cutistas de todo o País. O objetivo deste projeto é debater o feminismo e empoderar as mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para a paridade inédita numa central, que acontece este ano em todas as CUTs.

O Projeto, que foi dividido em 6 módulos chamados de encontros nacionais, é uma parceria entre a Secretaria de Mulheres da CUT e o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT) da Universidade de Campinas (UNICAMP) e engloba 3 fases: pesquisa, formação e divulgação.

Os encontros nacionais fazem parte da formação

Vários temas foram debatidos nestes cinco encontros, entre eles, história e desenvolvimento da sociedade brasileira, as condições das mulheres na história, no mercado de trabalho, negociação coletiva e neste módulo especificamente as mulheres nas políticas públicas.

Para a Secretária das Mulheres Trabalhadoras na CUT, Rosane Silva, é importante discutir o feminismo nos espaços de direção. “O objetivo central do curso todo é introduzir o feminismo fortemente para o interior da CUT, para que as mulheres dirigentes compreendam qual é a luta das mulheres em todos os espaços, em todos os âmbitos e empoderar ainda mais pro tema da paridade que nós vamos executar este ano”, finaliza Rosane.

Aborto e violência contra as mulheres

Segundo dados hospitalares apresentados pela secretária, em 2014 mais de 850 mulheres fizeram aborto e mais de 22% das gestações foram interrompidos por abortos, isso relevando somente os números registrados. “A CUT defende a descriminalização e a legalização do aborto, pois a gente entende que é um problema de saúde pública e dos direitos das mulheres, de decidirem o que elas vão fazer com os corpos delas” afirma Rosane.

Violência contra as mulheres

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2011 indicam que mais de 70% das mulheres em todo o mundo sofrem algum tipo de violência de gênero ao longo da vida. A estimativa é que uma em cada cinco mulheres seja vítima de estupro ou de tentativa de estupro.

Todos os dias mulheres sofrem violência domésticas, mas não denunciam. Não denunciam por medo, por vergonha ou até mesmo porque não conhecerem os serviços de atendimento à mulher.

No Brasil, estima-se que mais de 500 mil pessoas são vítimas de estupros, mas somente 50 mil foram denunciados pelo Disque 180, central de atendimento à mulher, política da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).

No âmbito de pesquisa, o CESIT está desenvolvendo várias pesquisas relacionado ao tema das mulheres, entre eles, mercado de trabalho, políticas públicas, participação política e etc.

As cursistas têm a responsabilidade na parte de divulgação

As mulheres CUTistas que participaram do encontro desenvolveram uma “pesquisação”. Elas foram divididas em 6 setores: saúde, comércio e serviços, saúde, educação e indústria, e cada setor fará um artigo que farão parte do livro que elas publicarão ao final dos encontros.

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