Contraf-CUT realiza Oficina Nacional de Saúde do Trabalhador, em São Paulo

A Contraf-CUT reuniu, na tarde desta quarta-feira (18), em sua sede, em São Paulo, representantes dos trabalhadores do ramo financeiro de várias regiões do país para realizar a 1ª Oficina Nacional de Saúde do Trabalhador, com o objetivo de qualificar o debate e definir as questões fundamentais na área da saúde do trabalhador na minuta da categoria.

A mesa de abertura da Oficina contou com a participação dos secretários da Contraf-CUT, Walcir Previtalle (Saúde) e Carlos de Souza (Geral), do diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Contraf-CUT, Mauro Salles Machado e da diretora de Saúde e Condições de Trabalho da Fetec/SP, Rosangela de Farias Silva Lorenzetti.

De acordo com o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Walcir Previtale, a realização desta oficina nasceu de uma ideia coletiva com a finalidade de dialogar em cima de propostas objetivas, que possam definir a estratégia de atuação da categoria. “O grande desafio é avançar no debate do ramo financeiro para ampliar a representação. Diante do atual cenário político, o momento é desafiador. Temos que refletir e discutir propostas que vão além da minuta e da CCT e que definam a nossa estratégia de atuação e que atenda os anseios de toda a categoria”, explicou. 

Para o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, a conjuntura nacional estará presente em nossa discussão. Portanto, o debate durante a oficina não estará desassociado da atual conjuntura. E neste momento, não existe nenhuma forma de garantia de direitos e de avanços nas conquistas que não seja através da unidade da categoria. “A palavra agora é ousadia. É um momento de tensão, um momento difícil e por isso temos que ousar e ampliar o diálogo. Não apenas para realizarmos uma grande campanha, mas também para construirmos um projeto estratégico que possa melhorar a saúde do trabalhador e das famílias brasileiras. Estamos vivenciando um momento perigoso, por isso temos que ter resistência”.

No primeiro dia de oficina, os dirigentes sindicais discutiram os principais eixos na área da saúde do trabalhador. Entre eles, destacam-se maior participação dos trabalhadores na campanha nacional, fazer valer a efetividade das normas, além de estabelecer limites para o poder do empregador, onde os bancários possam trabalhar num local de trabalho mais saudável e avançar em seus direitos.

Segundo Mauro Salles Machado, neste ano, várias conquistas trabalhistas estão em risco. “O grande desafio será a unidade do movimento sindical. Atualizar a nossa pauta é de extrema importância e a saúde é prioridade. O maior desafio vai ser garantir as conquistas da categoria e ao mesmo tempo fazer com que os bancários compreendam que somente a campanha salarial corporativa não vai resolver avanços na atual conjuntura, com uma política econômica recessiva”, afirmou Mauro.

“O que se desenha para a próxima campanha nacional é um cenário difícil. Com o atual modelo político teremos dificuldades em avançarmos, por isso temos que repensar as nossas estratégias. Parabenizo a realização desta oficina para refletirmos sobre as nossas principais reivindicações”, disse a diretora da Fetec/SP, Rosangela de Farias.

Para Leonor Souza, assessora jurídica de Saúde da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, o empregador brasileiro está acostumado com o regime escravagista, onde o trabalhador não tem direito a nada e a sua saúde é do empregador, pois é ele quem gerencia. “Temos conquistas importantes, mas não temos conseguido dar efetividade nestas conquistas e algumas delas se voltam contra os trabalhadores. Precisamos trabalhar juntos para construir algo mais palpável e que vai além das negociações, que interfira na realidade do trabalho, na ação concreta na área da saúde”, ressaltou.

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