Contraf-CUT entrega minuta nesta quinta para a Febanan

(São Paulo) A Contraf-CUT entrega nesta quinta-feira para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a minuta de reivindicações dos trabalhadores do ramo financeiro para a Campanha Nacional 2006. A reunião está marcada para 15h30, na sede da entidade patronal, em São Paulo.

 

Entre as principais reivindicações, os bancários querem 7,05% de aumento real mais a inflação do período e PLR mais justa, com a distribuição de 5% do lucro líquido de forma linear para todos, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500 (confira no quadro as principais reivindicações da Campanha definidas na 8ª Conferência Nacional).

 

Além da entrega da minuta aos banqueiros, o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, diz que a intenção dos representantes dos trabalhadores é que ainda nesta quinta seja realizada a primeira rodada de negociações. “Queremos apresentar nossa pauta de reivindicações e frisar para a Fenaban os itens que queremos negociar primeiro”, explicou.

 

A Conferência Nacional também ratificou a estratégia adotada desde 2003 que unifica a Campanha entre os funcionários dos bancos públicos e privados, com a mesma minuta de reivindicações. A pauta específica de cada banco será debatida permanentemente.

 

Para Vagner Freitas, com a unificação, a Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro já começa forte. “Desde que optamos pela Campanha conjunta temos conseguido aumento real para todos. Agora é hora de os sindicatos intensificarem a mobilização da categoria para que os bancos atendam nossas reivindicações”, destacou o presidente da Contraf-CUT.

 

“Os bancários sabem que nunca conseguiram nada de graça dos banqueiros. Todas nossas conquistadas foram arrancadas com muito suor e mobilização. Se quisermos sair vitoriosos desta Campanha Nacional, precisamos de unidade e da participação massiva dos trabalhadores nas atividades que os sindicatos vão propor ao longo desta jornada”, afirma Carlos Cordeiro, o Carlão, secretário-geral da Contraf-CUT.

 

Além das cláusulas econômicas, a defesa do emprego também está entre as reivindicações prioritárias, com a ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas, a ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho e mais contratações, e o respeito à jornada de seis horas. O fim do assédio moral, das metas abusivas e da insegurança bancária também fazem parte da Minuta.

 

Veja as principais reivindicações
da Campanha Nacional 2006

 

Índice de reajuste

7,05% de aumento real, mais a inflação no período (1º/09/ 2005 a 31/08/2006)

 

Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

5% do lucro líquido linear para todos, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500

 

Saúde e condições de trabalho

Fim do assédio moral

Fim das metas abusivas

Isonomia para todos

Mais segurança bancária

 

Defesa do emprego

Ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas

Ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho

Mais contratações

Respeito à jornada de seis horas

 

Piso da categoria

R$ 1.500 (valor atual R$ 839,93)

Auxílio-creche/babá

Um salário mínimo, R$ 350 (valor atual 165,34)

Cesta-alimentação

R$ 300 (valor atual 230,02)

Gratificação de caixa

R$ 500 (valor atual R$ 226,65)

13ª Cesta-alimentação

14º salário

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