Contraf-CUT critica descaso do BNB na primeira negociação em 2011

Na quarta-feira 5 a Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (CNFBNB) da Contraf-CUT se reuniu com a Superintendência de Desenvolvimento Humano do BNB, retomando a mesa de negociação do acordo específico 2010/2011, na primeira reunião em 2011.

Foram apresentadas ao BNB as cláusulas de benefícios da minuta específica aprovada no último Congresso dos Funcionários e, mais uma vez, a resposta foi “não” à quase totalidade das representações apresentadas.

Estiveram presentes à reunião com a Contraf, representada por Tomaz de Aquino; o Sindicato dos Bancários de Alagoas (SEEB-AL), na figura de Alexandre Timóteo; o Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB-CE), por meio de Océlio Silveira; o Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEB-PI), representado por Lusemir Carvalho; o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte (SEEB-RN), por intermédio de Francisco Ribeiro de Lima (Chicão); e a AFBNB, representada por Assis Araújo.

Isonomia

O Banco informou aos representantes da Comissão Nacional que as cláusulas referentes à isonomia de tratamento – licença-prêmio para os novos, bônus jornada plena, isonomia, abono 31 dias e férias de 35 dias – não dependem da direção da instituição e necessitam de autorização do DEST (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) por se tratarem de novos benefícios.

A Contraf-CUT, por sua vez, ressaltou que vai continuar insistindo nessas reivindicações.

Quanto às denúncias de falta de isonomia nas Centrais de Retaguarda Operacional, o Banco comprometeu-se em trazer na próxima reunião, agendada para o próximo dia 20, um parecer sobre o estudo que está sendo realizado sobre o comissionamento na CRO.

Outras cláusulas

Com relação à concessão de tickets e cesta alimentação para aposentados, o Banco negou alegando que o vínculo com a empresa já não existe, portanto entendendo que o benefício não é devido. Quanto ao aumento da distância mínima para a concessão do vale transporte para 200km, o Banco alegou que a distância atual, de 130km, já é distância máxima considerada pela empresa levando em conta a segurança do trabalhador.

Quanto ao aumento do limite das consignações, o Banco informou que não concorda pois isso pode acarretar num aumento do índice de endividamento do funcionalismo.

Camed e PCR

As comissões paritárias que vão discutir Camed e a revisão do PCR devem iniciar os trabalhos já na segunda-feira, dia 10/1. Na ocasião, a CNFBNB/Contraf-CUT manifestou seu protesto contra o reajuste de 6,7% das taxas cobradas pela Camed, feito de forma unilateral, sem consulta às entidades.

Assédio moral

A Comissão Nacional cobrou ainda que, de acordo com o previsto na Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários, seja instalada no BNB uma comissão para discutir assédio moral. O Banco concordou com a instalação e os detalhes da comissão serão discutidos na próxima reunião com a instituição, no dia 20.

Ponto eletrônico

A Contraf-CUT cobrou também uma posição do Banco quanto à instalação do ponto eletrônico. A SDH não apontou nenhuma data para a implantação do sistema, que segundo informações, ainda está no campo da licitação da tecnologia.

Entretanto, o coordenador da Comissão, Tomaz de Aquino, afirmou que as entidades estão dispostas, inclusive, a buscar a via judicial caso a pendência não seja resolvida, já que se trata de uma reivindicação antiga dos funcionários, constante de acordo coletivo.

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