Contraf-CUT critica Banco da Amazônia por ajuizamento de dissídio no TST

Bancários protestam contra ida ao TST e mantêm greve que completa 16 dias

O Banco da Amazônia ajuizou dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) contra a Contraf-CUT, a Contec e o Sindicato dos Bancários do Maranhão. A audiência de conciliação está marcada para sexta-feira (17), às 14h30, em Brasília.

O ajuizamento não levou em conta a manifestação contrária da Contraf-CUT em resposta à notificação extrajudicial de dissídio coletivo. No documento, a Confederação destacou “que o processo negocial não se exauriu, havendo possibilidade de as partes darem continuidade nas tratativas negociais, sem qualquer interferência do Poder Judiciário”.

A Contraf-CUT também ressaltou “que a categoria bancária acredita e defende à exaustão o processo negocial, entendendo que a celebração de um Acordo Coletivo de Trabalho entre as partes é o que mais representa e reflete os interesses das partes”.

Esclarecimentos sobre dissídio

O Sindicato dos Bancários do Pará convocou todos os bancários e bancárias do Banco da Amazônia em greve há 16 dias para uma assembleia organizativa e informativa sobre os próximos passos da paralisação por tempo indeterminado.

O chamado também foi feito na matriz do banco onde se concentram os piquetes da greve. A assembleia será realizada nesta quarta-feira (15), às 16h, na sede do Sindicato, em Belém.

Quando é instaurado dissídio coletivo de greve, o que fazer? Sou obrigado a voltar ao trabalho? Esses são questionamentos comuns entre uma categoria que está em greve e para esclarecer essas e outras dúvidas é importante a participação na assembleia.

“É importante a presença de todos os bancários e bancárias para que possamos esclarecer as dúvidas com a assessoria jurídica da nossa entidade, que será representada pela advogada Mary Cohen, e sanar todos os receios que possam existir perante a um dissídio coletivo”, convidou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Enquanto isso, o Banco da Amazônia continua com um forte esquema de filmagem dentro e fora da matriz, com uma equipe de cinegrafistas contratados de uma produtora, que já trabalha há alguns anos para o banco.

“Infelizmente o banco tenta de todas as formas constranger e impedir o trabalhador e trabalhadora de participar dos piquetes com essas câmeras filmando a nossa movimentação. A lei de greve impede que as empresas adotem meios para forçar o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento. A direção do Banco da Amazônia deveria ter pensado em propostas capazes de tirar seus trabalhadores da greve, ao invés de liberar circular interna informando que todas as tentativas de se chegar a um acordo foram feitas”, destacou o vice-presidente da Fetec-CUT/CN, Sérgio Trindade.

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