Contraf cobra da Caixa fim da retaliação contra quem tem ação na Justiça

(São Paulo) A Contraf-CUT vai enviar nesta quinta-feira, dia 21, uma notificação extrajudicial para a Caixa Econômica Federal cobrando o fim do descomissionamento dos empregados que têm ações na Justiça contra a empresa. Se o banco não atender imediatamente a solicitação, a Contraf vai acionar o Ministério Público contra mais esta ilegalidade cometida pela atual direção.

“Há muito tempo temos recebido várias denúncias de que a Caixa estaria pressionando os bancários que têm ações contra o banco na Justiça. Por inúmeras vezes questionamos a direção do banco em mesa de negociação, mas a Caixa sempre negou que estaria adotando tal política e que os casos relatados eram isolados e seriam apurados. No retorno dessas apurações, a empresa sempre alegava que não havia retaliação, os descomissionamentos eram por deficiência no desempenho. Mas agora temos denúncias com casos concretos de bancários que perderam a comissão e nos relataram que o motivo alegado é o fato de serem gestores e terem ações contra a empresa. Ora, recorrer à Justiça é um direito constitucional do cidadão, portanto essa atitude da Caixa é ilegal e imoral”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva do Empregados da Caixa.

Novo PCS
A Caixa divulgou uma circular (CI VIPES/SURSE 005/08 #10) nesta segunda-feira, dia 18, reabrindo a possibilidade dos profissionais aderirem à tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS) criada em novembro de 2006. O problema que causou revolta aos empregados é o fato de, mais uma vez, a Caixa vincular esta opção ao saldamento do REG/Replan e adesão ao Novo Plano da Funcef. No início deste mês, a Caixa já havia publicado uma CI com os mesmos termos.

“Isso é inaceitável. Defendemos o saldamento e adesão ao Novo Plano porque entendemos que é a melhor opção. Mas o bancário é livre para aderir ou não e sua opção não pode trazer nenhum prejuízo. O que a Caixa está fazendo agora não conta com a concordância das entidades sindicais do país”, garante Plínio Pavão.

Da mesma forma, a Caixa sinaliza que a unificação da tabela da carreira administrativa trará também esta exigência. “No ano passado, a Contraf-CUT já deixou claro para a Caixa em mesa de negociação que não vamos admitir a insistência da empresa em querer impor essa condição”, afirmou.

No próximo dia 29, a Contraf-CUT e a Caixa voltam a se reunir para negociar o PCS. Todos esses problemas serão levados pelos bancários em mesa de negociação.

Fonte: Contraf-CUT

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