Congresso do BB aprova propostas específicas para plenária desta terça-feira

Grupos discutiram Cassi, Previ e a pauta específica de reivindicações

Rede de Comunicação dos Bancários
José Luiz Frare/Contraf-CUT

O 19º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil define nesta terça-feira, em plenária, a pauta de reivindicações específicas que serão negociadas com a empresa simultaneamente às negociação da Campanha Nacional dos Bancários na mesa da Fenaban.

Nesta segunda-feira, os 175 delegados do Congresso eleitos em todo o país dividiram-se em três grupos para discutir a campanha específica, a Cassi, a Previ e o papel do BB no sistema financeiro.

“A construção da pauta específica é uma tarefa que requer muito trabalho, mas o mais importante é que ela represente o anseio do funcionalismo e sirva de combustível para a campanha salarial”, diz Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa do Funcionalismo do BB.

As resoluções dos três grupos, que serão submetidas à plenária desta terça-feira, são as seguintes:

Pauta específica/Qual banco o Brasil precisa?

Banco do Brasil para o desenvolvimento.
Fim da terceirização e contratação de funcionários para as agências correspondentes bancários.
Ampliar a campanha da CUT pela correção da tabela de IR.
Apoio ao projeto de lei que acaba com o Fator Previdenciário.
Contratação de mais funcionários.
Denunciar os descasos na atuação e implantação do DRS.
PLR justa para todos os funcionários, inclusive para os que trabalharam menos de 90 dias no semestre.
Denunciar à sociedade as condições de trabalho do BB no Paraguai.
Continuação da campanha Banco para o Brasil-Acorda BB.
Redução de tarifas e juros a patamares 50% menores do que os medidos no mercado bancário.
Novo critério de avaliação das dependências com viés nos resultados sociais e não financeiros.
Luta pela proteção do Besc e seus funcionários.
Vale transporte para deslocamento de funcionários com deficiência.
Integrar todos os sistemas ao ponto eletrônico.
Ampliação do delegado sindical: para cada dependência acima de 50 funcionários 1 a cada 50 ou fração.
Apoio PL de isonomia.
Eleição de representante do funcionalismo no Conselho de Administração.
Fim da trava do Pronaf nas dependências com inadimplência superior a 2%.
Parcelamento de férias – Projeto de lei.
Cumprimento da Cláusula 15 da ACT e inclusão dos caixas.
Reimplantação do SESMT conforme a legislação do TEM.
Combate ostensivo ao assédio moral com poder de punição da Ouvidoria para esses casos e proteção do assediado, com a criação de um sistema de proteção ao assediado.
Condições adequadas para o retorno dos lesionados por acidente de trabalho.
Isonomia de direitos para os afastados por doenças (auxilio alimentação, refeição, comissionamentos etc.).
Extensão para todos do pagamento do VCP-Comissão por 12 meses em qualquer caso de sua perda.
Fortalecer os serviços próprios da Cassi.

PCC-PCS

Crescimento horizontal e vertical no PCC e PCS.
PCC com reajuste baseado no aumento dos executivos – 30% sobre as comissões (AF AFR),
Revisão das comissões da gerência média.
Revisão da estrutura da DG com reformulação dos VRs dos cargos da DG.
Incorporação de 10% ao ano do valor da comissão a cada doze meses de exercício.
Efetivação na comissão de caixa após 90 dias de exercício.
Cumprimento da jornada de seis horas para os cargos técnicos.
Fim da lateralidade e pagamento das substituições.
Descomissionamentos somente por processo administrativo.
Ascensão profissional por meio de provas para as comissões até gerente executivo, com exceção dos gerentes gerais e superintendentes.
Licença-prêmio e férias de 35 dias para todos além da igualdade de todas as ausências dentro do BB.

Negociar superávit da Previ

A negociação do superávit da Previ deve ser pauta permanente nos informativos sindicais e das entidades ligadas ao BB, a fim de pressionar pelo início das negociações.
Fazer ampla campanha pelo fim do voto de Minerva no Conselho Deliberativo da Previ.
Volta da Diretoria de Participações para os eleitos.
Volta do direito de voto para alterações do estatuto e aprovação de contas.
Devolução das parcelas patronais para quem sai do Previ Futuro.
Os planos de benefícios dos funcionários dos bancos que forem incorporados pelo BB devem passar a ser administrados pela Previ.
Busca permanente da correção de distorções visando melhorar os benefícios de quem recebe os salários mais baixos, inclusive a redução da Parcela Previ.

Cassi e a saúde do funcionalismo

Reafirmar o modelo de Atenção Integral a Saúde e da Estratégia Saúde da Família, cumprindo o acordo de 2007, que define que o aporte de R$ 300 milhões do banco deve ser aplicado prioritariamente no modelo.

Implantação de fato do Programa Saúde da Família com a participação dos usuários no processo, sobretudo na escolha do local das unidades.

Transformação dos módulos existentes em Unidades do Programa Saúde da Família.

Garantia de tratamento de patologias adquiridas ou congênitas sem prejuízo da Estratégia Saúde da Família.

Dedicação exclusiva de um dia no próximo Congresso dos Funcionários do BB para discussão do tema saúde.

Ratificar as deliberações sobre saúde do Encontro Nacional dos Funcionários do BB realizado em 2007.

Ampliação e melhoria do atendimento ambulatorial e de emergência a todos os funcionários, inclusive os terceirizados.

Criação de unidades móveis ambulatoriais e de emergência e melhoria das existentes nas dependências dos bancos.

Criação da Ouvidoria interna e externa.

Implementação imediata do Plano Odontológico. Caso contrário, que o banco indique formalmente os motivos ou fatores financeiros que inviabilizam a contratação.

Criação de grupo de trabalho com a finalidade de interferir no relacionamento da Cassi com o BB, possibilitando que a Caixa atue de forma independente, sobretudo nos casos que envolve as doenças do trabalho.

Exigir que a Cassi forneça ao movimento sindical dados estatísticos sobre diagnósticos de efermidades, inclusive as CATs emitidas, com periodicidade semestral e por faixas demográficas, que possibilitem o mapeamento epidemiológico d@s funcionári@s do BB.

Melhoramento do exame periódico, incluindo exames cardíacos, odontológicos, auditivos e outros.

Ampliação do credenciamento e da rede de atendimento, sobretudo nas cidades do interior. As metodologias utilizadas devem considerar, além dos aspectos geográficos como a distância, critério demográfico, como a densidade populacional.

Instituir programa de readaptação de retorno ao trabalho de bancári@s lesionad@s por doenças ocupacionais.

Melhoria no atendimento da Central de Atendimento da Cassi.

Como medida de economia e preservação ambiental, solicitar que a Cassi disponibilize um canal de consulta onde @s bancar@s se manifestem se querem ou não receber a revista informativa da Cassi.

Garantia de não cobrança de exames clínico-laboratoriais relacionados à prevenção contra a reincidência de patologias “curadas”. (Como câncer, por exemplo).

Exigir o fim da co-participação nas consultas com nutricionistas independentemente do diagnóstico de obesidade mórbida.

Fim da terceirização do Sesmt.

Associação dos pais como dependentes.

Liberação dos conselheiros eleitos e indicados (Cipas) para a participação das reuniões do Conselho de Usuários, com reembolso das despesas de deslocamento dos conselheiros.

Ampliação da comunicação interna da Cassi via Sisbb, dando ênfase à divulgação dos fatores protetores para promoção da saúde e programas do ESF (Tabas, Viva Coração e outros).

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