Comissões da Câmara marcam audiência pública com o Santander para dia 5

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e a Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados marcaram para a próxima quinta-feira, dia 5 de novembro, às 9 horas, no Plenário 3, em Brasília, a audiência pública para ouvir o presidente do Santander Brasil, Fábio Barbosa, sobre as demissões de trabalhadores e o descaso com os aposentados do banco.

A reunião atende requerimento feito, em junho, pela deputada federal e ex-senadora Emilia Fernandes (PT-RS), após ter recebido uma carta da Contraf-CUT denunciando a ocorrência de demissões, o pagamento de bônus para executivos e de PLR rebaixada para os trabalhadores, e o desrespeito com os aposentados.

Além de Barbosa, estão sendo convidados a participar do debate os presidentes da Contraf-CUT, Sindicatos dos Bancários de São Paulo e Porto Alegre, Afubesp, Afabesp e o coordenador da Comissão Nacional de Aposentados do Banespa.

Expectativas

“Queremos ouvir o presidente do Santander Brasil e os representantes dos trabalhadores e das trabalhadoras e dos aposentados e das aposentadas do banco para discutir o emprego e o respeito aos direitos. Tenho observado que, assim como as demais instituições financeiras, o banco espanhol não foi afetado pela crise no Brasil, está lucrando muito e recentemente fez uma oferta de ações com a captação de R$ 14 bilhões, a maior do mundo em 2009”, afirma a deputada.

“Desta forma, o banco não tem motivos para demitir e sim para contratar. Lembro que, na recente greve nacional da categoria, o Banco do Brasil negociou com o movimento sindical a abertura de 10 mil novos empregos em 2010 e 2011 e a Caixa Econômica Federal, 5 mil em 2010. Qual é a contribuição do Santander para melhorar as condições de trabalho dos bancários e das bancárias e o atendimento aos clientes e à população? Por que não avançam as negociações com os aposentados e as aposentadas, cujo enorme passivo trabalhista exige uma resposta concreta do banco, para que tenham mais qualidade de vida?”, pergunta Emília.

“Vamos também fazer um apelo ao Santander para que valorize o povo brasileiro. Nós precisamos de crédito, redução dos juros, tarifas e spread bancário, geração de empregos e renda, e estímulo para o desenvolvimento econômico e social do país”, destaca.

Para a Contraf-CUT, a iniciativa da Emília é importante. “A audiência pública coloca o parlamento brasileiro outra vez no debate sobre a política desrespeitosa do Santander, que promete abrir agências, mas demite trabalhadores e paga PLR pelo balanço com menor lucro. Com toda certeza, será uma boa oportunidade para cobrar do banco espanhol contrapartidas sociais aos ganhos de sinergia neste processo de fusão, a fim de melhorar o emprego e as condições de trabalho e respeitar os direitos dos aposentados”, aponta o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

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