CNFBNB questiona proposta do banco sobre ponto eletrônico e sugere alterações

A Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (CNFBNB/Contraf-CUT) apresentou uma proposta de redação do acordo específico sobre ponto eletrônico aos representantes do BNB durante a primeira negociação de 2009. No encontro, que aconteceu na quinta-feira 22 de janeiro, o assessor jurídico do Seeb/CE, Carlos Chagas, propôs que o banco retirasse do acordo cláusulas unilaterais.

Carlos Chagas destacou alguns pontos da proposta do banco que têm redação dúbia e que não apresentam detalhamento, como a referente à jornada de trabalho (em locais externos) e a referente a funções que podem ser dispensadas da assinatura do ponto.

Para o coordenador da CNFBNB, Tomaz de Aquino, “o ponto eletrônico deve ser algo que venha beneficiar os trabalhadores, ajudar no controle de horas trabalhadas e acabar com a extrapolação da jornada de trabalho em muitas unidades, principalmente em agências do interior”. Ficou acordado entre Comissão Nacional e Banco a realização de uma reunião específica entre os dois departamentos jurídicos para tratar do assunto.

A negociação contou, na abertura, com a presença do diretor administrativo do BNB, Oswaldo Serrano, que demonstrou entusiasmo com as possibilidades para o funcionalismo do Banco do Nordeste em 2009. “Estou na expectativa para que neste ano a gente tenha mais avanços. O Plano CV e a realização de concurso público serão tratados como nossas prioridades”, ressaltou ele.

Em relação ao Plano de Custeio da Camed, a Comissão Nacional conseguiu garantir que até abril não haverá reajuste no Plano Família. O reajuste de 27% estava previsto para ser implementado em janeiro de 2009. Enquanto isso, a CNFBNB e o banco estudam saídas para eliminar, ou pelo menos reduzir, o reajuste esperado. Durante a reunião, foram tratadas também cláusulas da mesa permanente de negociação. Em relação à licença-maternidade, o banco afirmou que está aguardando parecer jurídico sobre o benefício fiscal, caso contrário, como a medida implica elevação de custos, teria que submeter sua implantação ao DEST. A CNFBNB vai continuar lutando para que esse direito conquistado pelas mulheres seja garantido o mais rápido pssível às funcionárias do BNB.

Já em relação à cláusula sobre licença-prêmio, a discussão deve retornar à mesa no segundo semestre do ano, já que as propostas para revisão do PCR e a implantação do Plano de Funções são as prioridades neste momento. As propostas serão entregues à CNFBNB no próximo dia 30/1, às 10 horas. Os cursos de formação também fizeram parte da pauta. O banco se comprometeu a realizar cursos esse ano em Fortaleza, Salvador e Recife, simultaneamente de forma a garantir a todos os nvoos funcionários a realização de treinamento este ano.

Valores de diárias e quilometragem – Na apresentação sobre valores de diárias e de quilometragem, o banco admitiu haver incoerências nos valores pagos e se comprometeu a apresentar uma nova tabela, que já está sendo elaborada, para corrigir esses erros.

Centrais de retaguarda – Na parte da tarde, representantes da Superintendência de Recursos Humanos do banco fizeram uma apresentação sobre o processo de implantação das centrais de retaguarda. A CNFBNB havia solicitado, na última negociação, dados atuais referentes a esse processo. Segundo o banco, 84 centrais já se encontram implantadas; 10 em processo de implantação. A previsão é que, em setembro deste ano, todas as centrais estejam implantadas. A Comissão exigiu acompanhar de perto todo o processo.

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