Cidades sem bancos: transtornos para todos

O processo de precarização do trabalho bancário tem refletido intensamente nas agências de Vitória da Conquista (BA) e região. Ao realizar viagens à base, é possível perceber a insatisfação dos clientes com os serviços prestados, a falta de estrutura das agências e o quadro de sobrecarga para as trabalhadoras e trabalhadores.

Enquanto os bancos seguem com seus recordes de lucratividade, a categoria tem enfrentado um ambiente de trabalho adoecedor com a redução de vagas de emprego na região, após os planos de demissões e aposentadorias. Há postos de atendimento que funcionam com apenas um funcionário, a exemplo do PAA do Bradesco em Itarantim. Já o Banco do Brasil, da mesma cidade, em 2015, possuía nove funcionários e uma estagiária, hoje, a agência opera com apenas seis funcionários. Em 2015, esta agência sofreu um ataque que resultou em meses de serviços suspensos. Atualmente, mesmo depois das reformas, os atendimentos ainda estão contingenciados devido à falta de funcionários. Após a reestruturação do banco, em janeiro deste ano, a agência perdeu mais um caixa, restando apenas um para atender todo o serviço da agência.

Os bancários também passam a lidar com o constrangimento diário devido às queixas da população, quanto à restrição de serviço e à falta de estrutura nos bancos. “Desde a explosão da agência, os serviços não voltaram ao normal. Todos os dias falta dinheiro no caixa, hoje, por exemplo, é dia de pagamento da Prefeitura e de benefícios sociais, mas só tem uma máquina abastecida. Quando você chega à agência, está lotada e todo mundo apertado esperando na fila. Somos clientes e o mínimo que esperamos é conseguir utilizar o serviço bancário, mas isso não acontece. Fui obrigado a aumentar meu limite para pagamento de boletos já em débito em conta porque a única agência da cidade não tem um caixa sequer funcionando” denuncia o servidor público Auri de Souza.

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