“Cartilha contra assédio é letra morta”, protestam bancários do BB em Pernambuco

No terceiro ato realizado pelos bancários do BB de Pernambuco contra descomissionamentos arbitrários, os trabalhadores queimaram as cartilhas contra assédio moral produzidas pelo banco: “Elas não passam de letra morta: são conteúdo sem ação, sem exemplo”, afirma o secretário-geral do Sindicato de Pernambuco Fabiano Félix, funcionário do Banco do Brasil.

Há um mês, três trabalhadores foram descomissionados na Gecex – Gerência de Comércio Exterior. O banco alega reestruturação, mas não explica os critérios que embasaram a escolha dos empregados prejudicados. Detalhe: todos eles tiveram participação ativa na Campanha Nacional do ano passado.

A capa da cartilha também serviu como inspiração para confeitar o “Bolo da Vergonha”, levado ao ato pelo Sindicato. “Assim como os descomissionamentos sem critérios, há condutas de assédio praticadas diariamente por vários gestores, em vários estados com a anuência das Gepes – Gerências de Pessoas”, denuncia Fabiano.

O Sindicato orienta os funcionários que foram descomissionados a se colocarem à disposição em concorrências para comissões de mesmo nível das que eles tinham. Segundo norma interna do BB, como eles perderam suas comissões pelo motivo de interesse do banco, passam a ter prioridade de nomeação para as vagas que surjam. Os representantes do BB que vieram a Recife no dia 31 de março também afirmaram ao sindicato que o banco tem total interesse em realocá-los em outras comissões equivalentes, porque reconhece que são bons profissionais.

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