BRICS Sindical se reúne com o presidente da Rússia, Vladimir Putin

A CUT representou o Brasil na entrega da declaração final do IV Fórum do BRICS Sindical ao presidente Vladimir Putin, anfitrião da VII Cúpula Presidencial dos BRICS. O documento será transmitido a todos os chefes de Estado do bloco. No encontro, o presidente da Central, Vagner Freitas, esteve acompanhado de representantes dos outros países BRICS e também do Presidente da CSI (Central Sindical Internacional), João Felício.

Na reunião com o líder russo, os trabalhadores insistiram na defesa da oficialização do Fórum do BRICS Sindical como um espaço institucional dos BRICS, assim como já são os Fóruns Empresarial, Acadêmico e da Juventude. Da mesma forma como já havia manifestado a presidenta Dilma Rousseff, durante a Cúpula de 2014, em Fortaleza, Putin afirmou o seu apoio à criação de uma instancia oficial de representação dos trabalhadores. No entanto, como deve ser uma decisão consensual dos cinco governos, permanece como único obstáculo o posicionamento contrário do governo da Índia, algo que deverá ser trabalhado junto aos governos rumo a VIII Cúpula dos BRICS, que acontecerá na China, em 2016.

Ainda que não tenha sido institucionalmente reconhecido, o BRICS Sindical foi convidado a participar de forma oficial do próximo encontro de alto nível entre os ministros do Trabalho dos BRICS, que acontecerá nos dias 25 e 26 de janeiro de 2016, também na cidade de Ufa, na Rússia.

Avanços na coordenação intersindical

O IV Fórum do BRICS Sindical foi marcado por recorrentes intervenções propondo uma coordenação mais intensa entre as centrais. Há um reconhecimento de que este espaço já demonstrou a sua importância política e utilidade prática para fortalecer a defesa dos direitos e interesses da classe trabalhadora, mas ainda é possível estabelecer um plano de ação sindical que vá além da realização anual do seu Fórum.

A percepção comum é de que a entrega de Declarações aos presidentes é muito importante, mas não e suficiente. As centrais devem passar a ter uma postura mais propositiva e proativa, possivelmente estabelecendo uma secretaria de coordenação do BRICS Sindical, que possa se dedicar ao monitoramento detalhado das ações governamentais no bloco.

Além disso, uma maior atuação das centrais junto aos seus respectivos governos também foi abordada como fator fundamental para o avanço das demandas laborais nos BRICS, bem como uma maior aproximação do BRICS Sindical com os ramos estratégicos para as economias dos BRICS e a promoção de intercâmbio entre os trabalhadores e trabalhadoras dos cinco países.

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