BRB mantém postura intransigente na negociação da PLR

O Sindicato dos Bancários de Brasília e o Banco de Brasília (BRB) iniciaram na quinta-feira (10) negociações de um novo modelo de PLR para vigorar a partir do segundo semestre de 2015. O Sindicato apresentou uma proposta discutida em um grupo de bancários formado ainda em setembro passado, na ocasião em que foi discutida a distribuição da PLR paga naquele mês.

O grupo conta com a participação de gerentes gerais, gerentes de negócios, escriturários da DG e de PA, e um caixa. O Sindicato tomou a iniciativa para debater com diversos segmentos do banco a formatação de um novo modelo para PLR, visto que o anterior gerava descontentamento generalizado.

Na negociação, o banco apresentou outra proposta para o segundo semestre de 2015. Porém, ela repete o mesmo vício da proposta apresentada em junho, pois reduz drasticamente a PLR das remunerações mais baixas (incluídas aí as FGs médias, atingindo mais de 2/3 dos funcionários) e eleva sobremaneira a PLR das remunerações mais elevadas, provocando uma distorção em que a diferença entre o piso e o teto chegue a 12,4 vezes. “Esta desproporção trazida pela proposta do banco é suficiente para desqualificá-la, seja pela injustiça que carrega em si, seja pelo atropelo aos manuais de boa administração, que pregam que programas desta natureza não podem conter esta diferença gritante entre os valores de piso e teto. Desta forma, este programa jamais será um mecanismo de incentivo”, destaca o diretor do Sindicato Cristiano Severo.

A proposta do banco foi rechaçada em mesa e o Sindicato insistiu em discutir a apresentada por ele, fruto da discussão prévia. O BRB, embora demonstrando insatisfação, aceito discutir o novo modelo, que pretende ser perene. Mas, quando a negociação foi tratar da situação específica das metas do segundo semestre deste ano, em que o Sindicato cobrou como condição básica para o sucesso da negociação a alteração destas metas, visto que, pelo quadro de hoje, praticamente todas as agências ficariam de fora da premiação por metas, o banco tratou de afirmar que não há hipótese de alterá-las. O Sindicato afirmou que é condição fundamental a alteração destas metas, pois jamais assinará um acordo que vá prejudicar trabalhadores, especialmente aqueles dos PAs, que são os responsáveis diretos pelo atingimento do resultado do banco.

“Um conjunto de metas absurdo, que não guarda relação com a realidade na qual o banco está inserido, não tem como ser atingido. Sem a alteração das metas, que permita aos PAs seu atingimento, não há por que se negociar. O que reivindicamos é uma adequação à realidade de dificuldade econômica pela qual passa o país. Um programa que só gerará frustração fica absolutamente sem sentido”, disse Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.

Diante do impasse, a comissão de negociação do banco afirmou que levará a questão para a diretoria, e nova negociação sobre a PLR ficou marcada para o dia 16.

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