Bom desempenho do Santander nÆo garante emprego

(Rio) A reunião da Comissão de Empresa do Santander com o banco trouxe esclarecimentos sobre os sistemas empregados pela empresa para avaliar e remunerar o desempenho dos seus funcionários.

 

A avaliação pessoal já havia sido explicada na última reunião, em dezembro: é a média das notas da auto-avaliação do funcionário e as dadas por seu superior.

 

No encontro da última terça-feira, foi exposto o sistema de avaliação de produtividade e remuneração variável. O sistema SIM, individual, responde por 80% do valor da remuneração e o SOMAR, coletivo, corresponde a apenas 20%. Mas este porcentual, mesmo não muito alto, faz com que toda a equipe seja penalizada pelo mau desempenho de um de seus membros. O método provoca assédio moral, não só pelos gestores, mas também entre colegas.

 

Outra forma de premiação é o programa TOP 5, que premia as cinco agências com maior volume de operações realizadas em cada regional.

 

Uma distorção causada por este sistema é que mesmo os funcionários não comissionados acabam vendendo produtos. É o que acontece com os caixas, mesmo os terceirizados e até com os vigilantes. Eles vendem produtos para ajudar no atingimento das metas da agência e a comissão é repassada para um funcionário elegível. Se não aceitarem vender produtos, são antipatizados pelos colegas e, veladamente, ameaçados pelos superiores com notas ruins na avaliação pessoal. Às vezes, são convencidos a vender produtos com a promessa – nem sempre viável – de promoção a gerente.

 

Demissões

A COE avaliou o perfil dos 700 demitidos de dezembro para cá e concluiu que não foram suas avaliações ou seu desempenho que provocaram a dispensa. Pelo contrário: foi constatado que empregados com ótima avaliação e cumpridores de metas também foram demitidos. O caso mais gritante é o de um gerente do interior de São Paulo que, mesmo tendo sido premiado pelo banco com dois carros e recebido cartas elogiosas enviadas pela direção, foi dispensado. A conclusão dos membros da COE é que os bancários mais antigos e mais caros estão sendo demitidos para dar lugar a funcionários novos e inexperientes, mais baratos.

 

Fonte: Feeb RJ/ES

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