Banpará frustra categoria e primeira rodada termina sem avanços

Bancários devem intensificar a mobilização para a negociação avançar

Intransigência e falta de propostas marcaram a primeira rodada de negociações específicas com o Banpará na Campanha Nacional 2015, que aconteceu na segunda-feira 14. As entidades sindicais presentes na reunião propuseram a mesma dinâmica de condução da mesa adotado no ano passado, com todas as cláusulas da minuta específica discutidas em sequência. Por isso, na reunião de hoje o debate foi das cláusulas 1ª a 6ª, com inclusão da cláusula 10ª, mas sem nenhum avanço.

“É fundamental nesse momento que o funcionalismo do Banpará esteja mobilizado para pressionar o banco a atender às reivindicações da categoria. O banco está com a linha de tencionar a mesa e de não ceder às reivindicações do funcionalismo, mas nossa história de lutas no Banpará tem mostrado que com unidade, organização e mobilização temos força suficiente para defender nossos direitos e avançar para novas conquistas”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

As entidades sindicais também avaliam que a mesa de negociação é um espaço importante para a categoria discutir suas demandas e construir um acordo coletivo de forma democrática, e por isso cobram mais objetividade por parte do banco nos debates da mesa específica.

“O Banpará recebeu a minuta no dia 20 de agosto, tempo suficiente para analisar as reivindicações da categoria e apresentar propostas nos debates durante as rodadas de negociação. Defendemos a mesa específica como espaço legítimo e democrático para construção dos acordos coletivos, mas precisamos otimizar esse espaço com propostas do banco para as reivindicações dos trabalhadores”, afirma o secretário executivo da Contraf-CUT, Adílson Barros.

As entidades sindicais orientam que funcionalismo do Banpará fique atento e acompanhe as notícias sobre as negociações gerais e específicas no Banco do Estado, para manter a organização e mobilização da categoria nesta Campanha Nacional.

“As negociações com o Banpará começaram sem avanços e tudo indica que o banco deve manter essa postura de intransigência. Por isso, reforçamos ao funcionalismo do banco que esteja sempre bem informado sobre o andamento das negociações e fiquemos todos em estado de alerta, pois o momento é de luta em defesa dos nossos direitos e de avanços em nossas conquistas”, ressalta a diretora do sindicato e funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves.

“O banco poderia ter apresentado uma proposta que contemplasse as reivindicações do funcionalismo. Perdeu essa oportunidade e espero que dia 18 venha com respostas concretas e assertivas. Esse início sem uma sinalização clara de avanços pode indicar à categoria que não há disposição efetiva de negociar”, avalia a funcionária do Banpará e representante da CUT-PA na mesa de negociação, Vera Paoloni.

“Foi importante ter sido dado o pontapé inicial na mesa de negociação. Mas o banco já se coloca resistente em atender as mais simples reivindicações dos trabalhadores. Esperamos que mude essa postura nas próximas rodadas e se não mudar, movimento sindical e categoria do Banpará darão a resposta à altura”, conclui a representante da Fetec Centro Norte, Andrea Vasconcelos.

A próxima rodada com o Banpará será no dia 18/09, às 10h, na matriz do banco em Belém. A última rodada estava prevista para o dia 22, mas foi transferida para o dia 24/09.

Representaram o funcionalismo na reunião de hoje a presidenta do Sindicato Rosalina Amorim e a dirigente sindical Odinéa Gonçalves, o secretário executivo da Contaf-CUT Adílson Barros, a secretária de bancos públicos da Fetec-CN Andréa Vasconcelos, a diretora da CUT-PA Vera Paoloni, a diretora da Afbepa Kátia Furtado e a assessora jurídica do Sindicato Mary Cohen.

Confira o resumo dessa primeira rodada no Banpará:

Tempo de serviço/Anuênio – Banco disse que vai espera a proposta de índice da Fenaban para apresentar proposta.

Isenção de tarifas e juros
– Banco disse que já pratica isenção de tarifas, que as taxas de juros aos funcionários são diferenciadas, e se negou a qualquer avanço nesse ponto.

Cesta e auxílio refeição – Banco também disse que aguardará a mesa da Fenaban sobre as cláusulas econômicas.

Frequência livre para o dirigente sindical – Banco disse que ano passado ampliou para a liberação de mais um dirigente sindical e que, por isso, não irá ampliar liberações para esse ano.

Delegado Sindical
– Banco ficou de responder na próxima reunião sobre estabilidade, não transferência e não descomissionamento dos delegados sindicais.

Liberação para participação em atividades sindicais – Banco limitou-se a dizer que dará resposta na próxima reunião.

Quebra de caixa para tesoureiros e coordenadores da PAB’s – Banco disse que aguardará nova proposta de redação sobre esse tema, pois argumentou que da forma como está redigido na minuta não teria como atender a reivindicação.

Principais reivindicações no Banpará:

»Mais contratações e melhoria das condições de trabalho
»Mais investimentos em segurança e na prevenção contra assaltos e sequestros
»Valorização e incorporação das funções
»Critérios claros para comissionamentos e descomissionamentos
»Estender o Plano de Saúde aos aposentados inativos e aos ascendentes
»Espaço para descanso em todas as unidades
»Combate às metas abusivas e a todas as formas de assédio
»Distribição de PLR linear para todos
»Valorização do anuênio
»Promoção por merecimento para todos em janeiro de 2016

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