Bancos públicos são ferramentas para retomada da economia, diz presidenta da Contraf-CUT

Pequenas e médias empresas demitem porque não recebem apoio econômico do governo; bancários defendem que bancos públicos garantam retomada

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, cobrou ações do governo federal para a retomada da economia. Para Juvandia, o descaso do governo Bolsonaro provoca mais desemprego no país. Ela destacou que a próxima Campanha Nacional dos Bancários terá como ponto central a defesa dos bancos públicos contra a privatização. Para a dirigente da Contraf-CUT, Banco do Brasil e Caixa Econômica podem ser ferramentas essenciais para retomada da economia.

A Campanha Nacional dos Bancários, que teve seu pontapé inicial com a Consulta Nacional à categoria, se intensifica a partir da Conferência Nacional da categoria, que será realizada nos dias 17 e 18 de julho.

Juvandia participou no final de semana dos congressos dos funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste (BNB) e Banco da Amazônia (Basa), preparatórios para Campanha Nacional dos Bancários. “Nos debates, vimos o quanto os bancos públicos são importantes na concessão de crédito para as micros, pequenas e médias empresas. São eles que nos ajudarão a sair da crise na qual nos encontramos. Por isso, a defesa do BB e dos demais bancos públicos será o ponto central de nossa Campanha Nacional”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.

Pesquisa do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), feita pelo Instituto DataFolha, mostra que 30% das pequenas e médias empresas tiveram negados os pedidos de financiamento, com linhas de crédito que contam com garantias do governo federal. A pesquisa também mostra que 35% das empresas já demitiram trabalhadores desde o início da pandemia. Uma entre cinco empresas demitiu mais de 30% dos funcionários.

“O governo não se interessa em combater a crise e o desemprego” disse Juvandia. Entre março e maio deste ano, a taxa de desemprego subiu 12,9% em relação ao trimestre anterior. Com isso, quase 23 milhões de pessoas ficaram desempregadas e foram fechados 7,8 milhões de postos de trabalho.

A presidenta da Contraf-CUT se diz preocupada com as intenções do governo em privatizar os bancos públicos. Em reunião ministerial em 22 de abril, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a defender a privatização rápida do Banco do Brasil. Juvandia destacou que as ações do governo Bolsonaro vão no sentido inverso da retomada econômica. “eles querem privatizar justamente os bancos responsáveis pelo desenvolvimento do país e que podem nos ajudar a sair da crise na qual nos encontramos”, criticou.

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