Bancos privados elevam taxas de juros para imóveis e reduzem limites

Após os anúncios das mudanças no financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal e doBanco do Brasil (BB), desde o mês passado, as instituições privadas também decidiram tornar mais restritas as condições para o crédito. No último dia 7, dois depois da alta de juros do BB, o Bradesco elevou a taxa de juros de balcão – uma espécie de taxa padrão, que pode ser negociada – de 9,6% para 9,8% ao ano: um reajuste de 2%.

O Santander subiu a taxa de 9,6% para 10,1% ao ano, segundo o jornal “Folha de S. Paulo”. O reajuste representa uma alta de 5,2%. Procurado pelo EXTRA, o banco não confirmou a informação.

O Itaú Unibanco não informou sobre aumento de juros, mas afirmou que, desde a última terça-feira, reduziu o limite de financiamento imobiliário – tanto pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), para imóveis de até R$ 750 mil, quanto pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), para os acima de R$ 750 mil – de 80% para 70%.

Os demais bancos privados e o Banco do Brasil continuam com o teto de financiamento de 80%. A Caixa tem o mesmo percentual, exceto para imóveis usados que valem acima de R$ 190 mil, que só podem ter até 50% do valor financiado.

A elevação das taxas pelos bancos privados já era esperada pelo setor imobiliário, uma vez que eles costumam acompanhar o movimento feito pelas instituições públicas. Além disso, a inflação mais alta e as recentes elevações da Selic, a taxa básica de juros da economia do país, incentivam o aumento dos juros porque, com o crédito mais caro, cresce o risco de inadimplência.

Nesta segunda-feira (18) já começa a valer a nova taxa de juros nos empréstimos imobiliários do BB, de 10,4% ao ano. A tarifa era de 9,9%.

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