Banco do Brasil reconhece assédio moral, mas não avança nas negociações

O Banco do Brasil não apresentou proposta para as principais reivindicações dos trabalhadores na negociação desta sexta-feira, 18, com o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Empresa dos funcionários do banco (CEBB), ocorrida em Brasília. A empresa se limitou a informar que pretende apresentar futuramente uma proposta global para apreciação dos trabalhadores.

O banco informou também que está refazendo os cálculos referentes a sua proposta para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), por conta da necessidade de adequação à proposta apresentada pela Fenaban na negociação ocorrida nesta quinta, considerada rebaixada pelos trabalhadores (veja mais aqui). Segundo o banco, após os estudos, procurará a CEBB para debates, não tendo ficado definida nova rodada de negociação.

A empresa apresentou proposta de cláusula sobre assédio moral, comprometendo-se a implementar o Programa de Gestão da Ética, que tem como objetivo o “combate ao assédio moral e outros eventuais desvios comportamentais”. “A formulação do banco ainda será avaliada pelos trabalhadores, mas se trata de um avanço que o banco reconheça a existência do assédio moral dentro da empresa”, avalia Marcelo Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da CEBB.

Os negociadores do banco apresentaram também a proposta de uma cláusula que permita aos funcionários com mais de 50 anos antecipar e parcelar férias, antiga reivindicação dos trabalhadores.

A empresa afirmou também que está preparando a formulação de uma cláusula de igualdade de gênero. A proposta será formatada a partir do programa pró-equidade de gênero da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do governo federal, mas ainda não está concluída.

O banco reafirmou ainda seu interesse em avançar na implantação do SESMT. Por fim, manteve sua posição no que diz respeito à revisão da lateralidade nas agências com até sete funcionários. Na última negociação, a empresa afirmou que as substituições só poderão ser feitas por funcionários de outras agências, o que vai contra as reivindicações dos trabalhadores.

Paralisação

A CEBB, após avaliar o andamento das negociações com o banco até então, decidiu orientar os funcionários do banco a seguir a decisão do Comando Nacional e participar das assembléias que serão realizadas em todas as bases sindicais até o dia 23 para rejeição da proposta da Fenaban e iniciar paralisação por tempo indeterminado no dia 24.

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