Bancários vestem “camisa” contra violência sexual infanto-juvenil em SP

Transcender a esfera sindical e trabalhista e ampliar a luta por uma sociedade mais justa. Esse é o objetivo da FETEC/CUT-SP, ao lançar na manhã desta terça-feira, em São Paulo, a Campanha de Combate à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes.

Na mesa de lançamento estiveram Sebastião Geraldo Cardozo (presidente da FETEC/CUT-SP), Maria Izabel da Silva (diretora de Políticas Sociais da FETEC SP), Paulo Henrique Lustosa (coordenador da Frente Parlamentar dos Direitos da Infância), Jimena de Jauara Grignani (coordenadora do Fórum Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente), Rosimar Dias Machado (coordenadora da Jornada Cidadã), Paulo Salvador (presidente da Afubesp), Adi dos Santos Lima (representante da CUT/SP), Arlene Montanari (secretária de Políticas Sociais da Contraf/CUT), Luiz Cláudio Marcolino (presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região), Cido Sério (deputado estadual) e Givanildo Manoel (representante do Fórum Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente).

O evento, que reuniu lideranças sindicais, além de representações de defesa dos direitos das crianças e adolescentes, reforçou a importância do envolvimento das entidades sindicais na luta contra um tipo de violência marcada pelo segredo e impunidade.

“Se for possível fazer gradação dos diversos tipos de violência, podemos dizer que o abuso sexual contra crianças e adolescentes é uma situação extremada”, sintetizou o presidente da FETEC SP, Sebastião Geraldo Cardozo ao antecipar que esse é um dos temas que a federação cutista encampará no próximo período. “O objetivo é levar para a sociedade a nossa lógica de construção de um mundo mais justo, diferentemente da ótica da grande mídia, que trata a violência com sensacionalismo, transformando-a em produto de mercado, em vez de colaborar na busca por soluções”.

Para a secretária da Políticas Sociais da Contraf/CUT, Arlene Montanari, a apropriação da luta contra violência sexual infanto-juvenil pelo movimento sindical é uma forma de ampliar a atuação do chamado ‘sindicato-cidadão’. “Precisamos aprender a enxergar o que muitas vezes acontece debaixo de nossos olhos. Por isso a importância do envolvimento das entidades sindicais, juntamente com as comunidades”.

De acordo com a diretora de Políticas Sociais da FETEC/CUT-SP, Maria Izabel da Silva, a campanha visa informar sobre tais abusos, além de estimular denúncias, de forma a coibir a prática e favorecer a penalização dos abusadores. “Não é justo ver direitos humanos desrespeitados. Por isso precisamos refletir sobre que país nós queremos e, a partir daí, darmos a nossa contribuição”, declara a coordenadora da campanha.

Paulo Lustosa, ao parabenizar os bancários pela iniciativa, considerou oportuno o lançamento e apontou para uma necessária reflexão: “No ano em que a Declaração dos Direitos Humanos completa 60 anos e em que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) chega à maioridade, se faz necessário refletirmos sobre no que avançamos e o que falta para se garantir a proteção aqueles que ainda permanecem desprotegidos”.

A campanha que ora principia conta com participação da Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e Associação dos Funcionários do Grupo Santander – AFUBESP e apoios do CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Jornada Cidadã e CUT/SP.

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