Bancários realizam atos em São Paulo em defesa dos bancos públicos

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizou na manhã desta terça-feira (7) um ato em defesa dos bancos públicos e contra a nova Lei Trabalhista (Lei 13.467/2017), que entra em vigor no próximo sábado (11). Houve distribuição da cartilha em defesa dos bancos públicos, assim como coleta de assinaturas no abaixo assinado contra o fechamento de agências e em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela revogação da reforma trabalhista. A atividade foi realizada em frente à agência do Banco do Brasil, ao lado da sede do sindicato.

“Iniciativas como essa são importantes para mantermos o diálogo com a sociedade. As informações sobre a importância dos bancos públicos, assim como dos prejuízos que toda a sociedade já está tendo com o sucateamento destas instituições, não podem ficar restritas ao movimento sindical e militantes políticos. Todos os brasileiros são prejudicados e precisam saber disso”, disse Carlos de Souza, secretário Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “O mesmo ocorre com a reforma trabalhista. Ainda existem trabalhadores que pensam que a reforma será boa para eles. Temos que mostrar, didaticamente, que os únicos beneficiados com a reforma são os empresários”, concluiu o dirigente da Contraf-CUT.

Alimentos
A Federação de Agricultura Familiar de São Paulo participou do ato e distribuiu alimentos para a população. A agricultura familiar é responsável pela produção de, aproximadamente, 70% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros. Para continuar produzindo, os pequenos e médios agricultores dependem dos financiamentos concedidos pelos bancos públicos. O Banco do Brasil é responsável por cerca de 70%destes financiamentos. O Banco do Nordeste (BNB) é outro grande responsável por este tipo de financiamento.

O governo federal tem promovido um desmonte dos bancos públicos, com a demissão de funcionários, redução da capacidade de investimentos e mudança do perfil de atuação. Agora, o Tribunal de Contas da União (TCU) quer descapitalizar os bancos públicos, exigindo que Caixa, BB, BNB e Banco da Amazônia (Basa) devolvam aos cofres do Tesouro Nacional os recursos que receberam justamente para realizar tais investimentos.

A Caixa, o banco que mais investe na construção de moradias, sobretudo aquelas voltadas para a população de menor renda aquisitiva, já sofre com a falta de recursos. Se confirmada a intenção do TCU, será obrigada a devolver R$ 27 bilhões ao Tesouro. O BB terá que devolver R$ 9,6 bilhões, o BNB e o Basa R$ 1 bilhão cada.

Audiências públicas
Além de realizar atos para denunciar o desmonte dos bancos públicos, sindicatos dos bancários de todo o país realizam audiências públicas nas câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso Nacional para chamar a atenção também dos políticos sobre os prejuízos que são caudados pelos desmonte dos bancos públicos. Muitas cidades e grandes bairros que contam somente com agências de bancos públicos correm o risco de ficarem sem nenhuma agência bancária para atender a população. Bancos públicos estão fechando unidades e os banco privados não têm interesse comercial nestes locais.

Nesta terça-feira (7), a audiência pública será realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a partir das 19h.

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