Bancários paralisam Itaú contra demissões e abusos em Belo Horizonte

Trabalhadores denunciam novos cortes de postos de trabalho

Em repúdio às demissões promovidas pelo Itaú, o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região realizou manifestação e foi retardada a abertura de agências do banco na região central de Belo Horizonte durante a manhã desta quinta-feira, dia 19 de março.

Segundo análise do Dieese, em 2014, o Itaú cortou 2.521 postos de trabalho em todo o Brasil, o que representou redução de 2,6% em seu quadro de pessoal. O problema persiste em 2015 e, somente na base de BH e região, já foram registrados 50 desligamentos desde janeiro.

Além disso, em Belo Horizonte há a previsão do fechamento de quatro agências em 2015, sendo que muitos dos trabalhadores destas unidades sequer foram informados sobre para onde serão transferidos.

O Sindicato denuncia que o Itaú tem pressionado funcionários para aderirem a um Plano de Demissões Voluntárias (PDV) implementado de forma unilateral e sem discussão prévia com a categoria. A entidade não firmou qualquer acordo com o banco em relação a este plano e exige o fim das pressões.

Na capital mineira, funcionárias e funcionários da área empresarial (Emp) que desejam continuar no banco e não aceitaram o PDV, muitos deles pessoas com deficiência, foram centralizados em uma mesma agência e estão inseguros em relação ao seu futuro. O Sindicato está atento à situação e já está agendando reunião com o Itaú para cobrar a garantia do emprego destes trabalhadores.

Todos estes graves problemas são claramente injustificáveis quando observado o lucro exorbitante de R$ 20,6 bilhões obtido pelo Itaú em 2014. O resultado é fruto de esforço e empenho diários dos funcionários e, por isso, bancárias e bancários exigem reconhecimento.

O funcionário do Itaú e diretor do Sindicato, Antônio Guimarães (Magaiver), destacou que o Sindicato continuará denunciando os problemas enfrentados pelos funcionários. “Estamos atentos e mobilizados para cobrar que o banco respeito seus funcionários e funcionárias, garantindo emprego e condições dignas de trabalho nas agências”, afirmou.

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