Bancários marcam paralisação de 24h e BNDES volta a negociar nesta sexta

Assembleia dos funcionários do Rio recusa proposta insuficiente

Em uma assembleia histórica com 1.087 bancários, na terça-feira, dia 4, no auditório Arinos Ramos Ferreira, no Rio de Janeiro, os funcionários do BNDES decidiram parar por 24 horas no próximo dia 12. O objetivo é pressionar a diretoria do banco a melhorar a proposta de acordo.

A paralisação foi aprovada por 705 votos a favor e 327 contra, seis brancos e seis nulos. Para o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, José Proença, o Paquetá, a participação em massa e a capacidade de organização dos bancários nesta campanha são um fato histórico para a categoria. “Foi uma assembleia que expressou a legitimidade do movimento e a força da participação dos funcionários do banco”, afirma.

Os bancários do BNDES não abrem mão de suas reivindicações. Eles querem uma proposta melhor do que a última apresentada. A proposta da diretoria foi rechaçada pela assembleia do dia 28 de outubro. E no dia 4, os trabalhadores decidiram parar.

Negociação nesta sexta

A decisão da assembleia já surtiu efeito. O BNDES agendou uma nova rodada de negociação, a ser realizada nesta sexta-feira (7), às 15h, no Rio. Com isso, a diretoria do Sindicato cancelou a nova assembleia que estava marcada para ocorrer nesta sexta, às 14h.

Para os funcionários, o reajuste de 8,5% no salário e nas demais verbas são insuficientes. No piso, o banco sequer se iguala aos 9% com reflexo na curva conquistados pelos demais bancos federais. A proposta do BNDES fica muito aquém ainda dos 12% de reajuste no tíquete-refeição, garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada com a Fenaban.

Além disso, outras demandas não foram atendidas. Os bancários do BNDES não abrem mão também da implantação do plano de carreira (GEP).

“Esperamos que a diretoria do BNDES traga uma proposta que atenda as reivindicações dos funcionários, caso contrário a paralisação de 24 horas é inevitável”, adverte o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.

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