Bancários e Fenaban discutem assédio moral, emprego e segurança

(São Paulo) O Comando Nacional e Fenaban voltaram a se reunir nesta segunda-feira, dia 8, para negociar as questões que integram as mesas temáticas. O combate ao assédio moral, a melhora na segurança bancária e o emprego foram o foco deste último encontro antes da assinatura da Convenção Coletiva, prevista para quinta-feira.

A Fenaban reconheceu que o assédio moral é um problema dentro das agências e departamentos do banco e se comprometeu a combatê-lo. Na questão da segurança bancária, a Fenaban também se comprometeu a negociar com os representantes dos bancários, na mesa específica sobre saúde, a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) para todas as vítimas de assalto e seqüestro. A comissão dos bancos, entretanto, informou que desconhece tecnicamente o tema segurança e não está autorizada a negociar reivindicações como a implantação de portas giratórias com detector de metais e o transporte de numerários.

“Nas negociações anteriores, a Contraf-CUT apresentou um levantamento sobre o problema da segurança bancária que afeta todos os estados do país. Os representantes da Fenaban chegaram a questionar nossos dados, mas agora admitiram não ter conhecimento técnico para discutir o problema. A Contraf-CUT vai ampliar o levantamento e construir um dossiê que será entregue, além da Fenaban, para autoridades e especialistas no assunto. O problema é grave e precisa ser discutido com seriedade pelos banqueiros. Para este dossiê, solicitamos a todos os sindicatos que enviem todos os dados que tiverem a respeito da segurança bancária para atualizarmos ou completarmos o documento”, destaca Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT.

Sobre as reivindicações relacionadas ao emprego, a Contraf-CUT reafirmou que é fundamental a garantia formal de os bancos não demitir em casos de fusão ou aquisição. A Fenaban justificou que não é possível incluir uma cláusula deste tipo na Convenção Coletiva e que a Contraf deveria negociar banco a banco para fechar acordos com cada um.

“Rebatemos esta justificativa dos bancos, até porque existe proteção ao emprego em casos de fusão e aquisição em praticamente toda a Europa. Este tipo de garantia é fundamental para nós, que estamos novamente vivendo este problema com a compra do ABN pelo Santander. Para arrancarmos esta conquista, a Contraf vai ampliar a campanha pelo emprego lançada recentemente e construir uma grande mobilização nacional, porque sem pressão não vamos conseguir”, ressalta Cordeiro.

Além das reivindicações dos bancários, a Fenaban também apresentou uma pauta na negociação desta segunda. Os bancos querem discutir, entre outros assuntos, a estabilidade pré-aposentadoria, a redução do auxílio-creche para se adequar à lei e a jornada de trabalho. A Contraf informou aos bancos que não aceita discutir nada que flexibilize ou reduza os direitos dos bancários.

Assinatura da CCT
A Fenaban e o Comando Nacional confirmaram a data da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho 2007/2008 para a próxima quinta-feira, dia 11. Com o acordo fechado, os bancos têm dez dias para pagar a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A Contraf já enviou ofício para todos os bancos, solicitando que o pagamento seja feito o quanto antes.

Fonte: Contraf-CUT

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