Bancários do Rio rejeitam proposta rebaixada da Fenaban e aprovam greve a partir do dia 6

Os bancários do Rio aprovaram na última quinta-feira, 1º de setembro, em assembleia realizada na Galeria dos Empregados do Comércio, a greve a partir do dia 6, terça-feira. Um dia antes, no dia 5, tem nova assembleia para organizar e garantir um movimento grevista forte, capaz de pressionar os bancos a apresentarem uma proposta digna.

A categoria rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) colocada à mesa no dia 29 de agosto, em São Paulo. Os bancos ofereceram 6,5% de reajuste salarial, índice que não cobre sequer a inflação do período, e um abono de R$3 mil, além das mesmas regras da PLR de 2015. Não há também nenhuma sinalização de melhorias nas condições de saúde e de trabalho e nem nos itens de segurança e igualdade de oportunidades. A presidente do Sindicato Adriana Nalesso criticou a postura dos bancos e convocou a categoria para participar de uma forte greve nacional.

"Além de apresentar uma proposta que representa perdas em relação à inflação do período, os bancos não demonstraram nenhum interesse em proteger os empregos, uma das questões mais importantes para a categoria diante da atual situação que é de demissões em massa e fechamento de unidades", disse. A sindicalista lembrou ainda que os bancos também não demonstraram interesse em avançar em relação à igualdade de oportunidades e ainda insinuaram que as mulheres ganham menos porque "se licenciam mais do trabalho", numa afirmação "discriminatória, machista e absurda" contra o direito à licença-maternidade. Destacou ainda que "é cada vez maior o número de bancários adoecendo vítimas de transtornos psicológicos em função do assédio moral e da pressão por metas abusivas, superando os casos de Ler/Dort".

O presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, lembrou que a greve dos bancários é a primeira para preparar uma greve geral de todos os trabalhadores e convocou a categoria a participar da luta para derrubar o governo golpista de Michel Temer e defender os direitos trabalhistas e a democracia.

 

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