Bancários do HSBC cruzam os braços em diversas cidades

Os bancários do HSBC de várias partes do País realizaram ato nesta terça-feira (9) após a notícia oficial sobre a venda do banco no Brasil, que pode resultar em milhares de demissões. Os sindicatos de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Recife e Espírito Santo paralisaram as atividades, em protesto, nos centros administrativos e agências. Os bancários pediam o a reabertura de conversas com o banco.

A mobilização deu resultado e a Contraf-CUT e dirigentes dos sindicatos dos bancários de São Paulo e Curitiba irão se reunir com a direção do HSBC nesta quarta-feira (10), às 17h30, em São Paulo. Antes da confirmação do encontro, o banco divulgou nota desmentindo que ocorrerão demissões. “É importante ressaltar que este é um processo de venda e não um processo de encerramento das nossas operações no País, como saiu esta manhã, equivocadamente, na imprensa”, diz a nota assinada por André Brandão, presidente do banco no Brasil. E continua: “Vale lembrar mais uma vez que processos como esse são demorados, porque dependem de minuciosas análises dos acionistas e estão sujeitos a aprovações regulatórias e outras aprovações. Isso quer dizer que não vemos nenhum impacto imediato para nós nem para os nossos clientes”. A nota da matriz realmente não fala em fechar o HSBC no Brasil, mas em venda.

Em Curitiba, os protestos ocorreram em quatro centros administrativos da instituição. Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, foram fechados os centros Palácio Avenida, Hauer, Kennedy e Xaxim.

Os bancários de Londrina protestaram nas sete principais agências do HSBC na cidade. Foram paralisadas as do Centro, Mister Thomas, Lago Parque e Shangri-la, além das unidades do banco inglês nas cidades de Ibiporã, Cambé e Rolândia.

No município de São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, houve uma grande passeata com representantes de várias categorias, além dos bancários. A passeata percorreu a rua Marechal Deodoro até a praça da Matriz, onde houve um ato com discursos de dirigentes sindicais e políticos.

No Rio de Janeiro, o Sindicato local parou todas as agências do HSBC no centro da cidade. Na Baixada Fluminense, bancários fizeram protestos diante de seis das sete agências do banco na região. Dirigentes do Sindicato dos Bancários da Baixada conversaram com os funcionários e clientes. Em Macaé, também no Estado do Rio, diretores do Sindicato fizeram manifestação em frente à principal agência do HSBC, na Avenida Rui Barbosa.

No Espírito Santo, a categoria retardou até às 12 horas a abertura das agências de Vitória (Enseada e Praia do Suá). Os bancários de Mato Grosso fecharam as agências do Centro de Cuiabá e a agência 8 de Abril. Para o presidente dos Bancários de Mato Grosso (SEE/MT), José Guerra, os principais objetivos da paralisação nacional são alertar a sociedade e cobrar do HSBC garantias para que o trabalhador não seja prejudicado com as mudanças anunciadas.

Na Bahia, os diretores do Sindicato visitarão as unidades do HSBC na capital, Salvador, nesta quarta-feira (10), para discutir o risco de demissão com os trabalhadores.

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