Bancários do Ceará participam de ato público por emprego e direitos

Manifestação em Fortaleza contra retirada de direitos dos trabalhadores

O Dia Nacional de Lutas por Empregos e Direitos reuniu nesta quarta-feira (29), dirigentes sindicais, militantes e trabalhadores de base, juntamente com as Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB – e Movimentos Sociais em ato público e panfletagem em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (SRTE-CE), no Centro de Fortaleza.

Bancários do Ceará, representados pelo Sindicato da categoria, participaram do ato, brigando contra essas propostas de revisão de direitos. Esse não é o projeto que foi para o debate nacional nas eleições do ano passado. As medidas provisórias 664 e 665 são rebaixamento de direitos e vão contra a expectativa do diálogo para avançar.

Emprego é um tema importante, especialmente para os trabalhadores do Ramo Financeiro, o setor que mais lucra no País. A abertura do capital da Caixa Econômica Federal também esteve no debate do Dia Nacional de Luta por Emprego e Direitos.

Segundo Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, nos bancos o quadro de emprego é extremamente grave, pois foram eliminados, em 2014, cinco mil postos de trabalho, apesar do lucro alto.

“Nós percebemos claramente que a tentativa do governo não fica restrita apenas à retirada de direitos com as medidas provisórias que afetam o seguro desemprego, as licenças de saúde e fica mais ampla com a proposta de abertura do capital da Caixa, que representa um ataque às conquistas sociais dos trabalhadores deste País,” afirma Carlos.

O dirigente sindical disse ainda que “não é razoável, nem aceitável a abertura do capital da Caixa, uma empresa 100% pública com 154 anos de existência, principal responsável pelas políticas de financiamento imobiliário das camadas populares, que detêm o banco de dados do FGTS, que sempre foi atrativo para os bancos privados, que atende o seguro desemprego, que atende o Bolsa Família.

“Temos que combater qualquer governo, qualquer proposta que retire direito dos trabalhadores”, ressalta.

Os bancários entendem que a abertura do capital da Caixa representa retrocesso na condução da política pública. E questionam: qual o interesse do Itaú ou do Bradesco no Bolsa Família ou no FGTS? É retirar recursos dos trabalhadores para rentabilizar o acionista, que ao tem interesse social.

Além disso, a Caixa vai concorrer com o Banco do Brasil na mesma situação. Portanto, abrir o capital da Caixa significa a privatização ou fim de um dos dois bancos. A categoria defende “mais emprego e mais direitos”.

Os representantes das centrais sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB – participaram do ato público e manifestaram sua posição contrária às duas Medidas Provisórias do Governo Federal (MP 664 e MP 665) editadas na virada do ano, sem qualquer consulta ou discussão prévia com a representação sindical dos trabalhadores.

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