Bancários debatem conjuntura, reformas e Campanha Nacional 2018

Os Sindicatos dos Bancários de Mato Grosso, Campo Grande (MS) e Dourados (MS) se reuniram nesta quinta-feira (23) para analisar a conjuntura, discutir sobre as reformas trabalhista e da previdência e iniciar os debates sobre a Campanha Nacional da categoria de 2018.

“Os trabalhadores precisam estar organizados e preparados para enfrentar os ataques deste governo que podem afetar, inclusive, pontos de nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Nossa convenção não sofreu ataques já neste ano por termos feito um acordo no ano passado que garante nossos direitos até o ano que vem. Temos que nos preparar para evitar que, com a reforma trabalhista, os bancos imponham perdas para a categoria no ano que vem”, explicou Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Para o presidente da Contraf-CUT, os trabalhadores precisam estar cientes de que o governo Temer representa os interesses da classe empresarial e fará de tudo para aprovar projetos de interesse do empresariado. “A Medida Provisória, que teoricamente amenizaria os prejuízos do trabalhador com a reforma trabalhista, na prática muda muito pouco. Agora, emitiu um parecer que concede ainda mais incentivos para as empresas que contratarem trabalhadores terceirizados. Quer dizer, às empresas os benefícios, aos trabalhadores, o ônus”, disse o presidente da Contraf-CUT, se referindo à MP 808/2017, publicada pelo governo no dia 14 e à Solução de Divergência Cosit n° 29, da Receita Federal, que definiu que valores gastos com a contratação de mão de obra terceirizada geram créditos de PIS e Cofins – que podem ser utilizados para o pagamento de qualquer tributo.

Campanha 2018
O presidente da Contraf-CUT disse ainda que, com relação à Campanha Nacional da categoria em 2018, as reuniões servem para disseminar as informações entre a categoria sobre os pontos da CCT que podem sofrer ataques e em preparação para as mesas de negociações que virão.

Analisamos as possíveis mudanças que podem vir em decorrência das leis trabalhista e da terceirização. Entregamos um termo de compromisso aos bancos que visa impedir que eles implementem a nova lei trabalhista e estamos cobrando a resposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Sabemos que eles não têm interesse em nos dar resposta, mas vamos continuar insistindo que não aceitaremos mudanças advindas desta lei. Estamos, inclusive, coletando assinaturas em apoio a um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que visa anular esta reforma”, disse von der Osten.

Na semana que vem, ocorrerão reuniões com o mesmo objetivo em Curitiba e Brasília.

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