Bancários de Recife param agência do HSBC e protestam contra demissões

Os bancários do HSBC paralisaram nesta segunda-feira, dia 10, a agência Conde da Boa Vista, no Recife, em protesto contra mais um processo de demissões em massa no banco inglês. A paralisação fez parte de um protesto nacional, organizado desde o início das dispensas, na última quinta, dia 6.

Segundo Alan Patrício, diretor do Sindicato e secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, a estimativa é que mais de mil bancários tenham sido demitidos em todo o Brasil pelo HSBC nos últimos dias. “Só na região de Curitiba, onde fica a sede do banco, foram 130 demissões nos centros administrativos e agências. Pelo que apuramos, o banco pretende cortar 20% do seu quadro de funcionários no Brasil, o que é inadmissível, já que a falta de bancários é gritante em todas as unidades”, afirma.

Em Pernambuco, ocorreram duas demissões até agora. “Estamos acompanhando de perto a situação em nosso estado e vamos parar sempre que houver demissões. Queremos que o banco saiba que estamos mobilizados para impedir quaisquer outras dispensas”, garante Alan.

Para o dirigente sindical, o ato desta segunda em Pernambuco também visa manifestar solidariedade aos trabalhadores desligados em todo país. “Embora o banco tenha demitido duas pessoas em Pernambuco, em vários lugares do Brasil as dispensas foram em massa. A paralisação de hoje foi uma questão de solidariedade, mas também uma forma de mobilizar os bancários daqui para lutar contra toda e qualquer demissão”, explica.

Alan destaca que o objetivo dos sindicatos com o Dia Nacional de Luta é garantir que o banco pare imediatamente com os desligamentos. “Também queremos que o HSBC reveja todas as dispensas efetuadas nestes últimos dias”, ressalta Alan.

Banco sem palavra

Em dezembro de 2013, apesar das várias reestruturações em curso, a direção do HSBC garantiu ao movimento sindical que não ocorreriam demissões em massa, nem fechamento de agências. “Pelo visto, não podemos confiar na palavra do HSBC. Estamos em contato com o banco e exigimos a abertura imediata de negociação”, finaliza Alan.

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