Bancários de Piracicaba paralisam agência do HSBC contra demissões

Bancários protestam contra fechamento de agências e dispensas no HSBC

Fechamento de agências, demissões, falta de funcionários e desrespeito com os clientes. Esses foram os principais motivos para a realização do Dia Nacional de Luta contra o HSBC, nesta quarta-feira (23), em todo Brasil.

Em Piracicaba (SP), os bancários pararam o atendimento em uma agência do HSBC para conversar com funcionários e gestores e expor aos clientes a atual situação do banco.

Apesar de ser um dos maiores bancos do planeta, com lucro mundial de R$ 37 bilhões em 2013, no Brasil a sua política é reduzir custos. Somente nestes primeiros três meses do ano, 20 agências já foram fechadas no país e 142 funcionários dispensados.

“Estamos aqui para exigir que o HSBC respeite funcionários e clientes e mude sua política de demissões sem novas contratações, resultando em atendimento de má qualidade aos clientes, cobranças indevidas e metas abusivas aos bancários”, enfatizou o diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, Ubiratan Campos do Amaral.

Há 17 anos atuando no Brasil, a situação dos quase 23 mil funcionários do HSBC nunca esteve tão ruim. Por consequência, o banco inglês não está oferecendo os serviços de atendimento com a qualidade e presteza que clientes e usuários merecem. Por isso, sobram filas, demora no atendimento e na solução dos problemas.

Demissões, fechamento de agências, falta de funcionários, aumento da pressão e do assédio moral para o atingimento de metas absurdas, discriminação e perseguição aos adoecidos pelo trabalho, seguidas por mudanças constantes no modelo de negócios, gerando insegurança no trabalho. Essa tem sido a característica da atuação do banco no Brasil ao longo desses anos.

“Um banco que lucra tanto não pode manter esta rotatividade de funcionários. Precisamos acabar com essa política do HSBC de fechar pontos em cidades que existem apenas uma agência, deixando clientes na mão, e demitindo cada vez mais, permitindo assim que os poucos funcionários façam várias horas extras, sejam cobrados incessantemente para cumprirem suas metas e ainda consigam realizar um atendimento de qualidade. Este ato hoje é para valorização dos funcionários, mas pedindo respeito também aos clientes, que não merecem passar tanto tempo em filas e receberem atendimento precário”, acrescentou o diretor.

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