Bancários de Piracicaba aderem à luta contra medidas do Congresso Nacional

O atendimento dos bancos Santander, Itaú, HSBC e Bradesco foi paralisado

Nesta sexta-feira (29), as centrais sindicais de todo País realizaram o Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, contra a terceirização, as MPs 664 e 665 e o ajuste fiscal, em defesa dos direitos e da democracia. Em Piracicaba, o Sindicato dos Bancários (SindBan) aderiu à luta e paralisou o atendimento dos bancos Santander, Itaú, HSBC e Bradesco, das 9h30 às 11h, explicando à categoria e também aos clientes e à população os prejuízos que a terceirização traz para toda a classe trabalhadora.

Em ato na frente da agência Itaú Centro, o presidente do sindicato, José Antonio Fernandes Paiva, “a terceirização retira direito dos trabalhadores e só traz lucro para as empresas especializadas nessa mão de obra e aumenta o lucro dos bancos”.

No caso dos bancários a terceirização já acontece de várias formas, como por exemplo, os serviços prestados pelas lotéricas e supermercados que recebem pagamentos de contas. Para o SindBan, o cliente paga taxas pela prestação de serviços aos bancos, mas têm sido atendidos de forma precária por essas empresas terceirizadas.

Direitos cortados – Com a aprovação do PL 4330 pelos deputados federais, trabalhadores diretos serão demitidos para as empresas contratarem terceirizados em seu lugar, sem direitos, com salário menor e maior carga de trabalho.

Os terceirizados serão substituídos por quarteirizados em situação ainda pior. Quais as consequências? Fim do 13º, das férias remuneradas, do FGTS, do Seguro-Desemprego da estabilidade para os servidores públicos, aumento da rotatividade no emprego e das demissões.

Contra o Ajuste Fiscal, por Direitos
Após o ato no Itaú, os manifestantes seguiram em passeata até a frente do Santander, onde explicaram também os problemas da Medida Provisória 664, que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte, e da MP 665, que dificulta o acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego, prejudicando especialmente os mais jovens. Essas medidas adotadas pelo governo federal fazem parte do pacote de ajuste fiscal do ministro da Fazenda Joaquim Levy, que prevê profundos cortes no orçamento da União, mas mexendo no bolso dos trabalhadores e dos mais pobres.

“Somos contra quaisquer medidas de ajuste fiscal que tragam prejuízo aos trabalhadores, que possam gerar desemprego, recessão, ou que restrinjam o acesso a políticas públicas e programas de inclusão. É preciso taxar os grandes lucros dos bancos que, mesmo em momento de crise não diminuem suas taxas de juros”, comentou Paiva.

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