Bancários de Dourados lançaram Campanha Salarial nesta quarta

O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores no Ramo Financeiro de Dourados e Região realizou o lançamento da Campanha Nacional Unificada 2015 na manhã desta quarta-feira (12) em Dourados (MS). O ato aconteceu das 09 às 11h na região bancária da Av. Joaquim Teixeira Alves, área central da cidade.

Na terça-feira (11), o Comando Nacional da categoria entregou a pauta geral de reivindicações à Fenaban e às pautas específicas ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal. A primeira rodada de negociações com a federação dos bancos foi agendada para o dia 19 de agosto. O primeiro tema a ser discutido será o emprego.

Um carro de som que percorreu o centro da cidade durante as duas horas de manifestação. Com faixas e cartazes, os bancários distribuíram panfletos aos clientes e usuários das instituições financeiras. Como um dos principais itens das negociações este ano é o emprego, a concentração aconteceu em três agências do Bradesco, que pode vir a demitir trabalhadores por causa da aquisição do HSBC. Essas agências tiveram as suas aberturas atrasadas em meia hora, com o objetivo de deixar claro que a categoria não vai tolerar demissões.

As demandas da categoria são muitas. Faltam, estrutura, segurança e funcionário para prestar atendimento de qualidade. Com número reduzido de pessoal, a sobrecarga é grande e os problemas de saúde crescem. Milhares de bancários são afastados todos os anos por conta da pressão.

Segundo o presidente do Sindicato, Janes Estigarribia, “os bancos formam o setor mais forte e lucrativo da economia nacional”. Em contrapartida, acentuou o dirigente sindical, “fechou o primeiro semestre deste ano com menos 2.795 postos de trabalho e, além disso, trocou constantemente de funcionários com maior salário por outros com menor rendimento – a diferença da remuneração é de 58% entre demitidos e novos contratados”.

“Os clientes também não escapam. As taxas de juros são altíssimas, tem ainda as tarifas por serviços que muitas vezes os correntistas nem sabem que pagam. Sem falar nas vezes que são barrados na porta das unidades e empurrados para os correspondentes, sem um mínimo de conforto e nada de segurança”, destaca Janes.

O reflexo de tanta exploração salta aos olhos quando os balanços das instituições são divulgados. Itaú, Bradesco e Santander que os digam. Os três bancos lucraram, juntos, R$ 25,931 bilhões apenas no primeiro semestre de 2015. O valor supera em R$ 6,592 bilhões o registrado no mesmo período do ano passado.

“Portanto, a unidade é essencial. É importante que população e bancários se unam em defesa de seus direitos. Contamos com a ajuda e compreensão de toda a sociedade. Participem do movimento”, cobrou o presidente do Sindicato, durante a manifestação.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram