Bancários de Brasília aprovam greve a partir do dia 6

Os bancários de Brasília deram o recado em alto e bom tom. Rejeitaram a vergonhosa proposta de abono e de reajuste de apenas 6,5% oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e vão à greve por tempo indeterminado a partir da terça-feira 6.

Seguindo orientação do Sindicato, a decisão foi tomada em assembleia que lotou a Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul, na noite desta quinta-feira 1º, data-base da categoria, e reuniu bancários de banco públicos e privados insatisfeitos com a forma como os bancos vêm tratando a pauta dos trabalhadores. Haverá nova assembleia na segunda (5), às 19h, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul, para ratificar a decisão e organizar o movimento, caso até lá os bancos não apresentem uma nova contraproposta que atenda aos anseios dos trabalhadores. 

“A greve é uma resposta dos bancários, que rechaçaram principalmente a postura dos bancos de apresentar abono. Além disso, mesmo registrando lucros exorbitantes, mais de R$ 30 bilhões só no primeiro semestre deste ano, os bancos têm demitido trabalhadores e não apresentaram nenhuma proposta de contratações e nem de melhoria das condições de trabalho”, critica o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo. “Por isso os bancários de Brasília conclamam os bancários do país a participarem dessa greve e fortalecerem a nossa luta para que sejamos vitoriosos nessa Campanha, a exemplo das anteriores”.

A pauta está com a Fenaban desde o dia 9 de agosto e desde então foram três rodadas de negociações marcadas pelo descaso por parte dos representantes do patronato. Aprovada na 18ª Conferência Nacional dos Bancários, no final de julho, a minuta contém demandas relacionadas a melhoria das condições de trabalho em geral, aumento real de salário e do piso, defesa do emprego e mais contratações, fim do assédio moral e igualdade de oportunidades, entre outras dezenas de cláusulas.

Mas a Fenaban apresentou uma proposta rebaixada: índice de 6,5% (para uma inflação de 9,57%) e abono de R$ 3 mil, que não incide sobre os salários nem sobre FGTS, férias ou 13º, tentando levar os trabalhadores a acreditarem que isso é uma grande conquista. 

A proposta rebaixada da Fenaban

•    Reajuste de 6,5% 
•    Abono de R$ 3 mil em parcela única, não incidente sobre os salários nem nas demais verbas de natureza salarial
•    PLR e antecipação de PLR: manter o modelo convencionado em 2015, com valores reajustados
•    Auxílio refeição de R$ 694,54 mensal
•    Auxílio cesta alimentação de R$ 523,48
•    13ª cesta alimentação de R$ 523,48

O que os bancários reivindicam

•    Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real
•    Piso salarial de R$ 3.940,24 
•    Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 
•    Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários
•    Defesa do Emprego, com fim das demissões e mais contratações
•    Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos 
•    Auxílio educação
•    Prevenção contra assaltos e sequestros
•    Igualdade de oportunidades

 

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