Bancários de Belo Horizonte paralisam atividades de agência do Bradesco contra assédio moral

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte  paralisou, nesta terça-feira (1º de novembro), as atividades da agência Cristiano Machado (2465) do Bradesco, em Belo Horizonte, para protestar contra o assédio moral cometido pela gerência geral da unidade de trabalho. Através da Porta do Inferno, foram denunciados os abusos a que têm sido submetidos funcionários e funcionárias no dia a dia da agência.

Mesmo com denúncias anteriores feitas ao gerente Regional e à Diretoria do Bradesco em relação ao assédio, os problemas persistem. Por isso, a alternativa dos trabalhadores foi a paralisação das atividades da unidade.

Com a mobilização, o Sindicato negociou com o banco, através do gerente Regional Norberto Morales e do diretor Regional Amadeu Suter Neto, que se comprometeram a agir e tomar providências imediatas para acabar com os abusos.

O funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato, Paulo Correa (Capelinha), destacou que a entidade continuará combatendo o assédio moral cometido por gestores. “É fundamental que funcionárias e funcionários denunciem os casos imediatamente através do canal específico ou do serviço Fale Conosco em nosso site. O instrumento de ‘Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho’ é uma importante conquista da categoria e deve ser utilizado pelos trabalhadores para que possamos impedir abusos. As denúncias são sigilosas”, afirmou.

Abuso do horário estendido no atendimento de contas da PBH

Durante o ato, o Sindicato também denunciou que o banco vem descumprindo o que foi acordado com os trabalhadores em relação ao horário diferenciado implantado em Belo Horizonte. Devido à contratação do Bradesco para administrar as contas dos servidores da Prefeitura, o banco deve abrir as agências de 8 às 19h para poder suprir a demanda de abertura de contas destes funcionários públicos.

O Bradesco havia assumido compromisso de que nenhum funcionário com jornada de seis horas trabalharia neste atendimento específico. Já os funcionários de jornada de oito horas trabalhariam em turnos e, no caso de horas extras, as mesmas seriam pagas conforme a legislação vigente.

Porém, foi apurado que, em muitas agências, bancários com jornada de seis horas estão trabalhando até 12h por dia. Além disso, não estão sendo cumpridos os dois turnos para os funcionários com jornada de oito horas. Ou seja, estes trabalhadores estão sendo obrigados a ficar nas agências das 8 às 19h, em descumprimento à Convenção Coletiva de Trabalho.

Após a denúncia, a direção do banco se comprometeu a, no mesmo dia da paralisação, reorientar todos os gerentes a cumprirem o acordo feito com o Sindicato.

“Acompanharemos de perto o cumprimento das jornadas de trabalho dos funcionários durante todo este período de horário estendido nas agências do Bradesco. Destacamos que qualquer violação do que foi acordado deve ser imediatamente denunciada para que possamos intervir e garantir o direito dos bancários, inclusive acionando a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e o Ministério Público do Trabalho”, afirmou o funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato, Leonardo Marques.

 

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