Bancários de Belo Horizonte cobram avanços no aditivo do Santander

Mobilização dos funcionários em Dia Nacional de Luta

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte realizou nesta terça-feira (11) manifestações no Santander para exigir avanços no acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) após cinco rodadas de negociações específicas sem que o banco apresentasse uma proposta digna.

A mobilização ocorreu em frente à agência Carijós e à Plataforma de Empresa do banco, localizadas no centro de Belo Horizonte, que tiveram suas atividades paralisadas.

O Santander lucrou R$ 4,3 bilhões até setembro no Brasil, o que representa 20% do resultado global, igual à participação do Reino Unido. Em nenhum outro país o banco ganhou mais. No entanto, os trabalhadores brasileiros não são valorizados.

Nas agências, faltam funcionários e os bancários sofrem com as metas abusivas, sobrecarga de trabalho e assédio moral, o que causa estresse e adoecimentos, além de prejudicar o atendimento aos clientes, aumentando as filas. Não é à toa que o Santander ocupa as primeiras posições do ranking de reclamações de clientes no Banco Central.

Enquanto isso, cada diretor executivo do banco ganhou, em média, R$ 5,7 milhões em 2014, considerando salários, bônus e participação nos resultados, conforme foi aprovado na assembleia dos acionistas do banco em abril.

Para o funcionário do Santander e diretor do Sindicato, Davidson Siqueira, o banco tem que oferecer uma proposta que atenda as reivindicações dos bancários. “Exigimos respeito e a valorização daqueles que são os grandes responsáveis pelos lucros obtidos pelo Santander. Continuaremos lutando e, na próxima negociação, que será realizada nesta quinta-feira, dia 13, esperamos que o Santander apresente uma proposta decente”, afirmou.

Bancárias e bancários cobram o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, mais contratações e a criação de um centro de realocação para evitar dispensas em caso de fechamento de agências. Além disso, reivindicam o fim das reuniões diárias e das conferências para a cobrança de metas, bem como o fim da exigência de metas para a área operacional.

A minuta de reivindicações dos funcionários cobra também eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi, mais bolsas de estudo com inclusão da pós-graduação, mais segurança, igualdade de oportunidades, mudanças nos procedimentos de auditoria interna e externa, folga-aniversário sem compensação com a folga-assiduidade prevista na Convenção Coletiva, isenção de tarifas e redução das taxas de juros para funcionários e aposentados, entre outras questões.

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