Bancários de Alagoas param Santander para exigir avanços no aditivo

Os funcionários do Santander paralisaram na manhã desta terça-feira (11) as agências do banco, em Alagoas, para protestar contra a falta de avanço nas negociações do acordo aditivo, que inclui garantia de emprego, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, melhores condições de trabalho e melhorias nos planos de saúde e de previdência, entre outras reivindicações.

A paralisação fez parte do Dia Nacional de Luta e ocorreu simultaneamente em diversos estados. Em Maceió, as agências ficaram fechadas até as 12 horas. O movimento buscou pressionar a direção do banco espanhol para que apresente uma proposta satisfatória aos trabalhadores na próxima rodada de negociação, que acontecerá na próxima terça-feira (18), em São Paulo.

“O banco precisa apresentar avanços concretos, que culminem na solução de inúmeros problemas enfrentados pelos funcionários. É preciso parar com as demissões, a rotatividade e as terceirizações, fazer mais contratações e criar um centro de realocação para evitar dispensas em caso de fechamento de agências”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Jairo França, que também é funcionário do Santander.

Durante a paralisação e as manifestações, o Sindicato distribuiu uma carta aberta à população, na qual denunciou a prática de cortes, rotatividade e desrespeito do Santander contra os trabalhadores brasileiros, apesar do lucro de R$ 4,3 bilhões que a empresa obteve no Brasil entre janeiro e setembro.

“Em nenhum outro país o banco ganhou mais. No entanto, os trabalhadores brasileiros não são valorizados, sendo tratados como se fossem de segunda classe. Isso é inaceitável. Há falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de serviço e assédio moral, causando estresse, adoecimentos, uso de remédio de tarja preta e afastamentos do trabalho. A pressão é insuportável, principalmente na rede de agências, provocando filas intermináveis. Não é à toa que o banco ocupa as primeiras posições do ranking de reclamações de clientes no Banco Central”, diz a carta aberta.

Já foram realizadas cinco rodadas de negociação com o Santander, mas não houve proposta do banco que atendesse a expectativa dos funcionários para o aditivo. Na próxima terça-feira (18), além das questões que ficaram pendentes, será discutido o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).

Os funcionários também reivindicam eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi, mais bolsas de estudo com inclusão da pós-graduação, mais segurança, igualdade de oportunidades, mudanças nos procedimentos da auditoria interna e externa, folga-aniversário sem compensação com a folga-assiduidade prevista na convenção coletiva, isenção de tarifas e redução das taxas de juros para funcionários e aposentados.

O Dia Nacional de Luta terminou com um ato em frente a principal agência do Santander, localizada na Rua do Sol.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram