Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas se unem a Dia Nacional de Luta

Os dirigentes do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf JF) foram às portas das agências do Bradesco e Banco do Brasil, no centro de Juiz de Fora, na manhã desta terça-feira (23), para dialogar com a população e com os bancários (as) a respeito do assédio moral e de todas as reivindicações da categoria.

De acordo com o presidente do Sintraf JF, Robson Marques, a tática utilizada pelos bancos, baseada na redução dos custos por meio da diminuição do número de funcionários, fechamento de agências e aumento das metas, é um desrespeito e descaso com o funcionário.

“O assédio moral não é, especificamente e necessariamente, praticado pelo chefe, mas sim pela empresa. Os banqueiros querem aumentar seus lucros a custo do suor do trabalhador, trazendo prejuízos para os bancários e bancárias e elevando juros e tarifas”, enfatiza Robson.

O secretário geral do Sintraf JF, Carlos Alberto de Freitas (Nunes), ressalta que a categoria bancária está em processo de Campanha Salarial e as pautas já começam a ser elaboradas para apreciação dos banqueiros.

Dentre as reivindicações, destaca-se a contratação de mais funcionários tanto para os bancos privados quanto para os públicos, uma vez que milhares de pessoas passaram em concursos e não foram convocadas. De acordo com o Sindicato e com os funcionários (as) dos bancos a necessidade de mais contratações é evidente.

Dia Nacional de Luta no Bradesco

Esta terça-feira também foi a vez do Dia Nacional de Luta dos funcionários do Bradesco, com manifestações em todo o País, incluindo Juiz de Fora, dando início a mobilização da Campanha Nacional 2015.

De acordo com o diretor de bancos privados do Sintraf JF, João Hilário Neto, mesmo com lucro líquido de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2015 e R$15,4 bilhões em 2014, o Bradesco continua desvalorizando seus funcionários e desrespeitando os clientes.

“O Bradesco reduziu no último ano mais de 4.000 postos de trabalho e não atendeu as nossas reivindicações. Há anos que os funcionários do Bradesco vêm lutando por direitos que outros bancários já possuem. Além disso, o banco emprega políticas de exclusão da classe trabalhadora, uma vez que tenta de todas as maneiras transferir os usuários para outras formas de atendimento que não sejam na agência. Portanto, queremos mais funcionários, melhores condições de trabalho e um plano de carreira”, destaca Neto.

As principais preocupações dos funcionários são a criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), melhores condições de trabalho e preservação da saúde, auxílio-educação para todos e mais contratações.

Neste dia 23 a Contraf-CUT, federações e sindicatos também entregam a pauta específica de reivindicações ao Bradesco, em sua sede, na Cidade de Deus. A pauta foi definida pela COE do Bradesco no Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados, organizado pela Contraf-CUT, entre os dias 26 e 27 de maio, em São Paulo. A partir da entrega será acertado o calendário das negociações específicas.

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