Bancários da Paraíba participam de Audiência Pública sobre fechamento de agências do BB

O papel social dos bancos públicos e o fechamento de agências deram o tom do debate. A classe trabalhadora será surpreendida nos próximos meses pela onda de reestruturação do Banco do Brasil, que fechará agências, demitirá bancários, acabará com incentivos à inclusão social e transformará agências em postos de atendimento. Para debater esse grave cenário que prejudicará principalmente a população, o Sindicato dos Bancários da Paraíba participou nesta segunda-feira (5) de uma Audiência Pública, na Câmara Municipal de João Pessoa sobre a importância do Banco do Brasil para o desenvolvimento regional e as consequências do fechamento das agências do BB em João Pessoa.  O evento foi presidido pela vereadora Sandra Marrocos (PSB) e secretariado por Bruno Farias (PPS).

Causando ainda mais transtornos à qualidade dos serviços, que já é deficitária, o Banco do Brasil fechará na Paraíba, cinco unidades – quatro na Capital e uma em Campina Grande – e 11 serão transformadas em postos de atendimento. Na Capital, as unidades afetadas com o encerramento serão as do Espaço Cultural, Shopping Sul, Cabo Branco e Mag Shopping. As agências da Rua Treze de Maio e do Centro Administrativo serão postos de atendimento, entre outras do interior que passarão pelo mesmo processo.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, o BB é um banco público e como tal deve servir à sociedade. “Os reflexos dessa medida será um atentado ao desenvolvimento do país. É uma medida perversa que só visa prejudicar à população”, avaliou Marcos Henriques.

“Em 2008, na grande crise internacional, em que os bancos privados cortaram o crédito, o BB e a Caixa asseguraram a abertura de crédito. Em outros momentos, também foram utilizados para reduzir o juro. O que houve, num grande mercado que era dominado pelos privados? Os bancos públicos tiveram uma maior fatia de participação. Parece-me que este tem sido o maior preço que o Governo Federal está fazendo a gente pagar ao segmento privado”, argumentou Rostand Lucena, presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande.

Para o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, o fechamento pode se estender a várias outras empresas públicas com o risco de privatização. “Hoje nós lutamos contra um dos maiores ataques à classe trabalhadora, e não é só aos bancários, o golpe atinge a todos os trabalhadores. Daqui a pouco, será o fechamento da Caixa Econômica Federal, dos Correios, a privatização da Saúde e das universidades. Em meses de um Governo Federal já se faz esse estrago, imagine por mais anos?”, apontou.

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