Bancários consideram o pedido de prisão de presidenta do Sindicato de Pernambuco um equívoco jurídico

 

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco avalia que o pedido da Ordem dos Advogados do Brasil-Secção Pernambuco ao Tribunal Regional do Trabalho(TRT) para prisão da presidenta da entidade e majoração da multa é um equívoco jurídico. E ratifica que a paralisação prossegue conforme assegura a Lei de Greve.

 

Essa posição foi apresentada durante coletiva de imprensa, realizada nesta sexta-feira (30), na sede da organização, na presença de representantes de diversas categorias que vieram prestar seu apoio aos bancários. A solicitação ainda não foi julgada pelo TRT.

 

O Comando Estadual da Greve acredita que a solicitação será rejeitada, mas em caso de deferimento, já está definida a estratégia de defesa. “A responsabilidade pela abertura e convocação dos funcionários para o pagamento dos alvarás judiciais é exclusiva dos bancos. É atribuição sindical mobilizar a categoria por melhores condições de trabalho”, afirma a citada presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

 

A afirmação está baseada no argumento da assessoria jurídica da instituição que classifica como equívoco jurídico o pedido da OAB-PE. “Não existe uma relação de subordinação entre trabalhadores e sindicato, mas uma relação de cooperação. O que significa que não existe desobediência civil, portanto, as penas não devem ser aplicadas”, afirma o advogado da entidade Gustavo Gomes.

 

A greve dos bancários chega hoje ao seu 25o dia, com aproximadamente 90% de adesão em Pernambuco. Na última rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), encerrada na última quarta-feira (28), o Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de 7% de reajuste mais R$3.500 de abono.

 

Na próxima segunda-feira (3), os bancários de Pernambuco se reúnem em assembleia às 18h, para organizar as próximas ações da greve.

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