Bancários comemoram 86 anos do Banrisul e cobram negociações efetivas

Manifestação em frente ao edifício-sede do banco teve bolo

Os banrisulenses esperavam mais da primeira rodada de negociação específica com o Banrisul, ocorrida na semana passada. Durante o ato público em comemoração aos 86 anos da instituição, realizado em frente à Agência Central, na sexta-feira (12), dirigentes do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, da Fetrafi-RS e da Contraf-CUT destacaram a falta de iniciativa da direção do banco para encaminhamento efetivo das demandas dos trabalhadores em Campanha Nacional.

A comemoração ocorreu no fim da tarde e reuniu dirigentes sindicais, Comando dos Banrisulenses e trabalhadores do Banrisul. Houve distribuição de bolo ao público que participou da atividade e manifestações de sindicalistas. Os funcionários da Agência Central e da Direção Geral foram convidados para o ato e para as demais mobilizações da Campanha 2014.

O diretor da Fetrafi-RS e membro do Comando Nacional, Juberlei Bacelo, enfatizou que a minuta específica dos banrisulenses foi entregue à diretoria em 15 de agosto. Para o sindicalista, já houve tempo suficiente para análise das reivindicações.

Juberlei também observou que as negociações estão afetadas pelo processo eleitoral. “Tem candidato que não só defende o sistema financeiro, como defende a terceirização nos bancos. O movimento sindical luta há muitos anos contra a precarização do trabalho bancário. Inúmeras vezes, o Banrisul se posicionou favorável à terceirização dos serviços do call center, seguindo o modelo de bancos públicos e privados, que já terceirizam este setor.”

“Não podemos admitir que o Banrisul, na sua condição de banco público, tenha este tipo de iniciativa, considerando apenas uma visão estratégica de recursos humanos. Nosso objetivo é garantir a manutenção dos postos de trabalho e a qualidade do emprego”, destacou o dirigente sindical.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, alertou para a importância da mobilização dos bancários a partir desta semana. Segundo ele, tanto as mesas de negociação com a Fenaban, quanto o silêncio da diretoria do Banrisul devem ter uma resposta à altura dos trabalhadores. “Os bancários precisam ficar atentos ao nosso calendário de lutas. Cada dia é de mobilização para a categoria a partir de agora. No dia 18 teremos o Passeatão”, convocou Gimenis.

O integrante do Comando dos Banrisulenses, funcionário do Banrisul e secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Antônio Carlos Pirotti, lembrou da importância da participação dos colegas na comemoração do aniversário do banco. “O processo de negociação salarial está muito difícil este ano. Precisamos reverter isso com a nossa luta, uma mobilização muito forte e animada em todo o Estado para dar um aviso à diretoria de que não vamos aceitar rebaixamento”, disse.

A próxima reunião específica com o Banrisul ocorre nesta quarta e quinta-feira, dias 17 e 18, na sede da Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul, com abordagem dos seguintes temas: saúde; condições de trabalho; segurança e Cabergs.

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