Bancários cearenses colocam o bloco na rua com 70% de adesão à greve

Os bancários cearenses botaram o bloco na rua durante o 10º dia de greve da categoria diante da intransigência dos banqueiros que, mais uma vez, nada ofereceram à categoria em mais uma reunião frustrada realizada à tarde, em São Paulo. No exato horário na negociação, às 16h, os bancários caminharam pela Avenida Santos Dumont até o cruzamento da Av. Desembargador Moreira, na Aldeota, importante centro financeiro de Fortaleza, como forma de pressionar por proposta decente.

Diante de mais uma negativa dos banqueiros, a ordem é fortalecer a greve. Nesse décimo dia, a adesão chegou a 70% das agências do Estado, atingindo 396 das 560 unidades existentes. Foram 193 agências paralisadas em Fortaleza, de um total de 259, e no Interior, das 303 unidades existentes, 203 aderiram à paralisação. Nesta quinta-feira (15/9), 12.608 agências e 49 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas em todo o Brasil. O número representa 54% das agências do país.

“Nós sabemos da importância dos bancários para a economia brasileira,e portanto, nós queremos ser respeitados pelos banqueiros. Não queremos nada de impressionante: cobramos mais contratações para atender melhor a população e diminuir o adoecimento de bancários nas agências; esperamos que o setor que mais lucra no país nos ofereça uma proposta digna, acabe com a intransigência e pedimos à população que compreenda e apoie a nossa mobilização”, afirmou o diretor do Sindicato e funcionário da Caixa Econômica, Túlio Menezes.

Já o diretor do Sindicato e funcionário do BNB, Tomaz de Aquino, enfatizou que os bancários estão firmes e fortes na luta e não vão abrir mão de lutar por seus direitos. “Além dos banqueiros de bancos privados, que já são duros nas negociações, sabemos que há uma orientação do governo golpista de Michel Temer de endurecer também nos bancos públicos, o que vem sendo demonstrado nessa intransigência de não oferecer nada aos bancários, além do que já foi oferecido até agora, com perspectiva até de retirada de proposta. Do nosso lado, temos que endurecer também, nós vamos enfrentar uma realidade dificílima, e temos que nos unir ainda mais para garantir nossos direitos. Pois esse governo que aí está tende a flexibilizar direitos dos trabalhadores, privatizar empresas públicas e nós não podemos nos calar diante disso”.

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