Ato sensibiliza opiniÆo p£blica sobre sa£de do trabalhador

(São Paulo) Mudar o quadro dramático de três mil mortes/ano em decorrência das relações de trabalho. Essa foi a palavra de ordem da manifestação realizada na sexta-feira, na capital paulista, em alusão ao 28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

A atividade reuniu representantes de governo, das centrais sindicais, diversas categorias, dentre as quais bancários, químicos do ABC, comerciários e outras, além de várias entidades da sociedade civil.

O Secretário Executivo do Ministério da Previdência, Carlos Gabas, presente no evento, reiterou o compromisso assumido pela Previdência Social, de prosseguir com o trabalho, juntamente com as entidades sindicais, para a correção de distorções acarretadas pelo programa COPES, também conhecido como Data Certa.

 

Segundo ele, já está em preparação uma nova sistemática, além de ações para a retomada dos mecanismos de reabilitação profissional, extintos em 1999. “Atividades como essas constroem alternativas para que o governo e seus organismos assumam responsabilidades para facilitar a reinserção profissional”.

De acordo com a pesquisadora da Fundacentro e coordenadora CEREST SP, Maria Maeno, infelizmente, a saúde do trabalhador não é tema para a sociedade. “Por isso a importância de atos como esse, de realização conjunta entre entidades sindicais, organizações sociais, ministérios e CNBB. Nosso objetivo é que essa unificação pela saúde do trabalhador perdure pelos outros 364 dias do ano”.

O presidente do Diesat (Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas em ST), Benedito Alves de Souza (Químicos/SP), também destaca a necessidade de chamar a atenção da sociedade para os agravos à saúde do trabalhador. “A situação hoje é deprimente. O trabalhador está doente, enquanto o SUS (Sistema Único de Saúde) está precário. Por isso precisamos denunciar”.

O Secretário de Saúde da CONTRAF-CUT, Plínio Pavão, acredita que o ato desta sexta-feira tenha atingido seu objetivo. “Foi um ato bastante representativo. Esperamos, a partir de agora, contar com maior envolvimento da sociedade, no sentido de reverter o atual quadro dramático de acidentes e doenças do trabalho”. 

Contraf-CUT

Rumo ao Contrato Coletivo Trabalho do ramo financeiro

Na avaliação do presidente da FETEC SP, a nova entidade agregará força para viabilizar um instrumento de relações de trabalho de abrangência nacional para os trabalhadores do ramo.

 

Com participação de cerca de 300 delegados de 25 estados brasileiros e do Distrito Federal, foi realizado na última terça e quarta-feira, em Nazaré Paulista (SP), o 1º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT). 

O evento elegeu a direção da entidade, criada em assembléia no dia 25 de janeiro, em Curitiba (PR). Além disso, aprovou os estatutos que regularão o seu funcionamento daqui para diante. 

A idéia de criar uma nova confederação surgiu da necessidade de estender a representação sindical a centenas de trabalhadores, que hoje encontram-se sub-representados e sem qualquer organização. “Aproveitamos um novo momento político, quando o Ministério do Trabalho passou a reconhecer de fato e de direito as entidades sindicais verdadeiramente representativas”, explica o presidente da FETEC/CUT-SP, Sebastião Geraldo Cardozo.

Desde março a Contraf-CUT já conta com registro sindical, aglutinando nove federações, com 110 sindicatos filiados, cuja base atual é de 360 mil trabalhadores do ramo financeiro. “Nosso objetivo é organizar e representar diversas categorias envolvidas em atividades do sistema financeiro, mas que hoje estão à margem Convenção Coletiva Nacional dos bancários, como por exemplo promotores de vendas, securitários, especialistas em tecnologia da informação, funcionários de bolsas de valores, entre outros”, lista Cardozo. 

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) de 2004, estima-se que essas categorias ligadas ao setor financeiro ultrapassem um milhão de trabalhadores. 

“Queremos abrir o debate com esses trabalhadores de forma a prepará-los para ir à luta para que no futuro, junto com os bancários, possamos assinar um instrumento de relações de trabalho de abrangência nacional”, complementa o presidente da FETEC SP.

Fonte: Lucimar Cruz Beraldo – Fetec-CUT/SP

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