Assalto ao Bradesco termina em morte em SÆo Paulo

(São Paulo) O descaso dos bancos com a segurança de seus funcionários e clientes fez mais uma vítima na última segunda-feira, dia 26. O vigilante Daniel Gomes de Lima, de 45 anos, foi morto após um assalto à agência do Bradesco da rua Serra do Japi, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. De acordo com testemunhas, o segurança foi baleado depois de tentar barrar um dos dois assaltantes que invadiram a agência. Morreu no local.

 

“Um simples colete à prova de balas poderia ter evitado a morte desse trabalhador. Para um banco que bateu recorde de lucro isso não custaria nada”, afirma Daniel Reis, representante dos trabalhadores na Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), coordenada pela Polícia Federal. O vigia Daniel Gomes era casado e tinha três filhos.


Desde o final da década de 1980 os bancos terceirizaram os serviços de vigilância. “Entretanto, são responsáveis pelas empresas que contratam. A falta de colete de proteção para os vigias também é problema do banco”, ressalta Daniel Reis.


Os dirigentes do Sindicato visitaram a agência do Bradesco assaltada e confirmaram problemas no sistema de segurança como a ausência das câmeras de vídeo e do coletes à prova de balas para os vigilantes. Os bancários estão vivendo um clima de terror. “Não estou conseguido dormir”, afirma uma bancária. Um outro funcionário não consegue esconder a tensão. “É uma situação terrível ver um colega agonizando antes de morrer”. Os trabalhadores podem procurar o Sindicato para pedir a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).


Providências

A Contraf-CUT e os sindicatos cobram da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomada da mesa de negociação sobre segurança. Somente uma reunião foi realizada em dezembro passado, sem nenhum avanço. Uma nova rodada deveria ter acontecido no mês de fevereiro, mas até agora a Fenaban não agendou o encontro.

Na primeira reunião, os representantes das instituições financeiras argumentaram que o problema dos assaltos é do Estado. “Os banqueiros estão inseridos na sociedade e têm responsabilidade com a vida de seus funcionários e clientes. Precisam urgentemente retomar o processo de negociação com os trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Há muito a ser feito, uma série de medidas de segurança mais eficazes poderiam ser tomadas, mas os bancos pensam com o bolso e não com o coração. Enquanto isso, bancários e clientes sofrem as conseqüências desse descaso”, destaca Marcolino.


No Itaú

Um assalto a uma agência do banco Itaú na avenida Ibirapuera (zona sul de São Paulo)

nesta quarta-feira, 28, acabou em tiroteio. Quatro pessoas foram baleadas, segundo a

Polícia Militar.

 

Três homens entraram na agência e anunciaram o assalto após as 16h. De acordo com a

PM, quando os criminosos saíam da agência com o dinheiro roubado, um vigia que

estava escondido atirou nas costas de um dos criminosos.

 

Neste momento, um dos assaltantes fez vários disparos, que atingiram três pessoas

que estavam na agência. Mesmo com um deles ferido, o trio fugiu levando o dinheiro

do roubo.

 

A PM e a Polícia Civil estão à procura dos criminosos. O helicóptero Pelicano da

Polícia Civil também ajuda nas buscas ao trio.

 

A ocorrência seguiu para registro no 27º distrito policial (Campo Belo). Ainda não

há informações do valor do roubo.

 

Fonte: Seeb SP

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