Artistas vão participar de eventos da Década de Afrodescendentes

Coutinho se reuniu com os dirigentes da Contraf e da CUT

Os secretários de Combate ao Racismo da Contraf, Almir Aguiar, e da CUT, Maria Julia Nogueira, se reuniram nesta sexta-feira (24) com o presidente do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro, Jorge Coutinho, para discutir a participação da categoria na organização dos eventos da Década Internacional de Afrodescendentes, instituída pela Unesco, em 2013.

No encontro, foi debatida a importância da participação de artistas negros, como forma de dar visibilidade ao tema. Também como forma de combater o racismo e o preconceito no trabalho e na sociedade.

Para Almir Aguiar, a participação de artistas do meio musical e da TV “dará mais visibilidade aos objetivos da Década, no sentido de por um fim ao preconceito e ao racismo na vida e no trabalho”.

Maria Júlia Nogueira explicou que a CUT, desde o mês passado, resolveu ouvir vários setores para pensar e programar as ações da Década dos Afrodescendentes. “A gente quer construir uma proposta de ação da central, mas que seja em consonância, fortalecendo as ações que vão ser desenvolvidas a nível nacional e até mesmo a nível internacional, porque é uma década internacional”, afirmou.

“A ideia é a gente pensar, de acordo com tudo que está sendo planejado, como é que a CUT pode fortalecer essas ações combatendo o racismo no mundo do trabalho, que é o foco das nossas ações”, acrescentou.

Jorge Coutinho está no terceiro mandato à frente do sindicato. Ele disse que, na primeira gestão, era o único negro na diretoria. Hoje, são 13 dirigentes negros, num total de 22. “É o momento de estarmos juntos. Estamos muito separados, negros e brancos”, disse o presidente do Sindicato dos Artistas.

Para Coutinho, existe racismo no Brasil. “Quando eu ligo a TV eu não me vejo, não vejo meus pais, não vejo meus filhos. Acho que tem de ser uma ação não só dos sindicatos, mas também tem de partir do governo, que tem uma máquina de comunicação muito boa, para começar a falar e divulgar essas coisas. Senão fica uma briga só de sindicatos e o grande povo não toma conhecimento. Através do rádio, através da TV, a gente chega muito rápido até as pessoas”, completou.

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